A alma bom-despachense está na Academia de Letras

DENISE COIMBRA – Escrevo este texto ainda sob a emoção de ter participado de uma reunião da Academia Bom Despachense de Letras – ABDL. Terça-feira, 15 de dezembro de 2020, na Câmara Municipal de Bom Despacho, foi uma data histórica para mim. Aos 55 anos fui empossada como presidente da ABDL juntamente com a Stael Gontijo (vice-presidente), Professor Tadeu Araújo (1º secretário), Ítalo Coutinho (2º secretário) e João Batista Silva (tesoureiro).

O que nos motivou a pleitear a próxima gestão da Academia de letras de nossa cidade foi o desejo acalentado por cada um de nós de realizarmos um trabalho coeso, com ampla participação dos acadêmicos, mas também a vontade de realizarmos atividades literárias, educativas, e culturais em toda a nossa comunidade.

Gosto de lembrar que academia foi idealizada pelo quarteto de escritores de nossa cidade: Alexandre Cesário, Alex Moreira Rocha, Tadeu Araújo e Wagner Cruz. Recordo também que participei, como convidada, da cerimônia de posse dos membros fundadores. Ela foi realizada no SESC BD. Um ano depois, a convite do Professor Ronan Tales eu fui empossada na academia.

Fazer parte da ABDL é uma honra porque ela reforça os valores que nos unem enquanto membros de uma instituição que só tem fundamento e pode funcionar por causa da aliança, da parceria e do sentimento de pertencimento ao mundo das letras que todos nós guardamos em nossos corações, poesias, contos, crônicas escritas e registradas em livros, jornais e revistas onde muitos de nós já participa com regularidade e presente em nossas reuniões mensais.

Participar da última reunião do ano de 2020 representou, certamente, para todos nós, a força que a literatura tem para nos ajudar a suportar a realidade e o fantasma da continuidade dessa terrível pandemia. Respeitados os protocolos, votamos, assinamos, confraternizamos e fomos empossados para a gestão bienal da ABDL. Tudo muito rápido, mas intenso. Como a vida exige neste momento pandêmico. Nunca uma cotovelada foi tão desejada por mim, na falta de beijos e abraços apertados, os meus prediletos, cada vez que eu me encontrava, com cada um dos colegas de academia.

Fazer parte da ABDL e da diretoria atual é realizar, com os colegas eleitos e demais membros, projetos que façam sentido à nossa existência, como instituição, no sentido pleno da palavra. É também uma atitude de cidadania, pela representatividade e importância que o escritor tem como o interlocutor que dialoga com o leitor enquanto conta a história e a memória da sua cidade. Além de fazer uso da sua fantasia e inventividade.

Enfim, este texto é o registro da nossa esperança e da nossa certeza de que a alma bom-despachense está nas ruas e em todas as instituições que a representam. Que a Academia Bom Despachense de Letras cada vez mais escreva e publique belas e tocantes histórias também sobre elas porque a alma bom-despachense está na ABDL.

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Este texto homenageia aqueles que sempre estiveram conosco na busca da literatura como instrumento libertador. A começar pelo Professor Jacinto Guerra, sempre idealista com a causa literária. Não poderia deixar de citar os acadêmicos que nos deixaram: Santina Santos, Neiva Garbazza e Alexandre Chaves.

Por fim, fica nosso compromisso de favorecer e fortalecer a literatura em nossa cidade. O futuro nos agradecerá.

Denise Coimbra é professora e acadêmica da ABDL

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