Cabral lançou pré-candidatura a deputado federal

 

O ex-prefeito Fernando Cabral confirmou sua pré-candidatura a deputado federal por Bom Despacho e região. Em entrevista exclusiva ao Jornal de Negócios, falou da sua motivação, das chances que tem e das pautas que pretende abraçar.

Filiado recentemente ao partido Republicanos – que o procurou no início deste ano propondo que fosse candidato pela região – Fernando Cabral já elegeu como seu principal objetivo trabalhar pela duplicação da 262. “Se a BR-262 ainda não foi duplicada, não é porque não haja justificativa técnica, econômica e social, mas sim porque faltou empenho dos deputados federais que deveriam nos representar”.

Além disso, Cabral defende também que emendas parlamentares tenham livre aplicação pelo município. “São os prefeitos e os vereadores que conhecem os problemas da cidade. Brasília é terra da fantasia. Ninguém de lá deveria se meter a dizer o que cada prefeito pode ou não pode comprar” com os recursos das emendas, afirma.

Cabral reconhece que os deputados federais votados em Bom Despacho têm contribuído para a cidade. Mas segundo ele Bom Despacho não é prioridade para esses deputados porque eles recebem muito mais votos em outros locais. “Na hora de dividir as emendas, Bom Despacho não é prioridade de nenhum destes deputados. Eles ajudam, mas um deputado bom-despachense poderia ajudar com mais do que todos eles juntos. Por isto precisamos de um deputado da terra”.

Veja na entrevista a seguir com o editor Alexandre Coelho.

O que o motiva a candidatar-se a deputado federal?

Já passou muito da hora de Bom Despacho ter um deputado que possa defender em Brasília os interesses de nossa cidade e das cidades vizinhas. Se trabalharmos juntos, poderemos realizar mais esta conquista.

Bom Despacho tem votos suficientes para eleger um deputado federal?

Veja, Bom Despacho tem quase 40.000 eleitores. Somando com os eleitores de nossos vizinhos mais próximos, somos 180 mil eleitores. Se nos unirmos em torno de um nome, teremos nossos deputados: um federal, um estadual.

Minha motivação é lutar pelas conquistas que nossa região merece. Por isto apresentei meu nome como pré-candidato a Deputado Federal.

Em artigo recente no JN, o colunista Paulo Henrique Alves Araújo afirmou que a eleição de um deputado da cidade depende de um candidato que seja “conhecido e positivamente reconhecido” além dos limites de BD. Você, quando prefeito, projetou muito o seu nome. É, portanto, esse candidato?

Se serei este candidato, o eleitor dirá. No entanto, creio que tenho reconhecimento regional positivo suficiente para me habilitar a concorrer ao cargo. Por isto eu aceitei o convite para me filiar ao partido Republicanos e colocar meu nome como pré-candidato.

Em quais cidades da região pretende trabalhar mais para conseguir os votos necessários à sua eleição?

Confirmada a candidatura na época própria, vou buscar o apoio dos eleitores de 110 cidades que totalizam 3,5 milhões de pessoas e 2,5 milhões de eleitores. São cidades que têm muitos problemas em comum e que precisam de uma solução comum. Por exemplo, Todas as 110 cidades se beneficiarão diretamente com a duplicação da BR-262, este sonho antigo que está engavetado pela inércia do Governo Federal.

A duplicação representa mais segurança, com proteção à vida, mas significa também economia de tempo em viagens desde Carneiro, no extremo oeste do Estado, até Belo Horizonte, onde todos, mais dia menos dia, precisam ir.

Economia de tempo e mais segurança significa também desenvolvimento econômico, com mais emprego e renda.

Este é um exemplo de um problema comum que afeta diretamente um sexto da população mineira e prejudica a região que tem um dos maiores PIBs de Minas. Basta ver quanto produzem cidades como Patos de Minas, Araxá, Uberaba, Uberlândia e tantas outras.

Na eleição passada estas 110 cidades votaram em 1.193 candidatos a deputado estadual. Destes, 77 foram eleitos. Todos receberam votos na região. Quanto ao âmbito federal, os eleitores destas 110 cidades votaram em 811 candidatos. Destes, 53 foram eleitos. Nenhum deles chamou para si a empreitada de batalhar pela duplicação da BR-262. Nenhum. Coisa muito diferente do que aconteceu com os deputados votados na região de Pará de Minas e Nova Serrana. Eles brigaram e conseguiram. Nós precisamos fazer o mesmo.

É bom deixar claro que a duplicação é assunto federal. Contudo, como se trata do interesse de todos os mineiros e da região em particular, os deputados estaduais também precisam entrar nesta luta. Eles têm voz que o cidadão comum não tem.

Falando em BR-262, o que acha do recente aumento do pedágio para quem usa esta rodovia?

Pois é, entre Belo Horizonte e a divisa com o Mato Grosso do Sul e Goiás são seis praças de pedágio. O aumento médio mais do que dobrou o custo para quem passa por elas. Em alguns pontos o aumento quase triplicou.

Minha postura não é essencialmente contra o pedágio, mas sim contra seu mau uso. Veja, a BR-262 foi concedida há 8 anos. O principal objetivo da concessão era garantir que fosse duplicada. No entanto, até hoje só vimos duplicação e triplicação do valor do pedágio. Isto é inadmissível.

Quais seus planos? Que pautas defenderá?

O deputado federal existe para defender os interesses da população a que serve onde e quando for necessário. Sem perder isto de vista, selecionei alguns temas que considero cruciais para Bom Despacho e para nossos vizinhos.

Destaco, em primeiro lugar, a duplicação da BR-262 desde Nova Serrana até Carneirinho e Limeira do Oeste, na divisa de Minas com Goiás e Mato Grosso do Sul.

Esta duplicação beneficiará diretamente Bom Despacho e mais 110 cidades mineiras do Triângulo, Alto Paranaíba e regiões adjacentes. Estamos falando de um benefício direto para 4 milhões de mineiros. Isto representa maior segurança, menos tempo e mais economia nas viagens. Significa menos mortes, menos poluição. E não podemos esquecer que significa também uma significativa melhora na economia, com geração de emprego e renda.

Se a BR-262 ainda não foi duplicada, não é porque não haja justificativa técnica, econômica e social, mas sim porque faltou empenho dos deputados federais que deveriam nos representar. Precisamos preencher esta brecha.

Portanto, este será um tema de grande destaque na minha campanha: o compromisso de enfrentar este assunto até resolvê-lo de vez.

Se eleito, sua vivência de quase 8 anos como prefeito numa cidade do interior vai balizar sua atuação como deputado?

Claro. Veja, um dos problemas do Brasil é a forma como são feitas as emendas parlamentares. O dinheiro que vem é pouco. Quando vem, muitas vezes está destinado para áreas erradas. Por exemplo, o prefeito está precisando de dinheiro para reformar escolas ou postos de saúde e o parlamentar manda dinheiro para comprar trator. É o tal dinheiro carimbado. O prefeito compra um trator e deixa as crianças andando em ônibus velhos. Não é culpa dele. A culpa é das emendas com destino carimbado.

Neste sentido, a proposta que levarei a Brasília é de transformar toda emenda em dinheiro de livre aplicação. Desta forma, cada prefeito ouvirá a população e decidirá onde aplicar o dinheiro. Afinal, são os prefeitos e os vereadores que conhecem os problemas da cidade. Brasília é terra da fantasia. Ninguém de lá deveria se meter a dizer o que cada prefeito pode ou não pode comprar.

Você tem histórico de atleta. Ao longo da vida sempre praticou esportes. Sua gestão na Prefeitura de Bom Despacho foi marcada por forte incentivo aos esportes individuais e coletivos. Se for eleito deputado manterá essa bandeira?

Sem dúvida. Defenderei com unhas e dentes a destinação de verbas para os esportes amadores e para os atletas jovens com potencial para alto rendimento. Estas áreas estão abandonadas. Atualmente os deputados cuidam dos interesses dos grandes times de futebol, mas ninguém cuida do atleta amador e do jovem com potencial. É por isto que não temos tantos atletas destacado nas competições internacionais.

Outra área abandonada é a cultura. Não falo de atividades artísticas comerciais. Estas não dependem de apoio do governo. As atividades que precisam e merecem o apoio governamental são as atividades folclóricas, os folguedos populares, o reinado, o artesanato.

Concretamente, em Brasília reivindicarei a criação do IR Esportivo e do IR Cultural. A ideia é simples e inspirada no que já acontece em Minas com o ICMS. Segundo minha proposta, o Governo Federal destinará ao município onde foram recolhidos o IRPF e o IRPJ um percentual destinado à cultura popular e ao esporte amador.

Olhando para Bom Despacho, quais seriam, a seu ver, as pautas mais urgentes e importantes para a cidade?

Vale insistir em pontos fundamentais que já mencionei acima. Neste momento a duplicação da BR-262 entre Nova Serrana e a divisa com o Mato Grosso do Sul será prioridade máxima. Beneficia Bom Despacho, beneficia a região e beneficia nosso Estado de Minas como um todo. Será o primeiro assunto que cuidarei se chegar a Brasília. Isto é urgente. Não pode esperar.

Temos outro projeto muito relevante para Bom Despacho, que é a captação de água do Rio São Francisco para abastecer Bom Despacho pelas próximas décadas e, de quebra, permitir aumentar a área irrigada ao longo do Rio Picão.

Aliás, este é um projeto muito antigo, de autoria do ex-ministro Alysson Paulinelli que estava dormitando nas gavetas da burocracia. Tirar este projeto do papel – como está fazendo o prefeito Bertolino – exige um grande esforço político para conseguir as licenças ambientais, fazer chegar a energia necessária e ainda conseguir o dinheiro para executá-la. Este é mais um projeto que exige um deputado de Bom Despacho em Brasília.

Você foi vereador durante 4 anos em Bom Despacho. Fez um mandato combativo. Essa experiência pode ser útil na Câmara Federal?

Sim. A experiência parlamentar que tive aqui meu deu o traquejo necessário para desempenhar meu papel em Brasília.

O deputado federal defende todos os interesses da população do seu estado. Mas há alguns setores que precisam de mais atenção. Ressalto, por exemplo, a injustiça que os constituintes fizeram com os vereadores do Brasil. Ora, os deputados têm uma proteção jurídica muito grande quando se trata de manifestações que fazem no exercício do mandato. No entanto, esta proteção não chega aos vereadores. Não estou defendendo o foro privilegiado — pois sou contra — mas sim, uma proteção mais efetiva para as palavras e voto dos vereadores quando atuam em defesa dos seus municípios e seus munícipes. O vereador não pode ficar sujeito ao talante e guante de pessoas poderosas que tentam amedrontá-los, cerceá-los e calá-los com ameaças de ações na justiça.

Aliás, embora eu seja a favor do fim do foro privilegiado – exceto casos raríssimos -, acho que o Congresso precisa acertar a assimetria reinante. Ou ele retira o privilégio de todos, ou estende o privilégio aos vereadores. Como está, é injusto, pois todos os parlamentares, exceto os vereadores, têm privilégio de foro. Isto não é democrático; não é isonômico. É um descaso com os vereadores e com a vereança.

Quando foi vereador você sofreu perseguições por suas posições, votos e palavras?

Sempre. As ameaças foram constantes. A maioria um tanto de soslaio e dúbias, mas algumas foram frontais e abertas. Como não me amedrontei, elas não prosperaram. Mas já prosperaram contra outros vereadores daqui e do Brasil inteiro.

Este ano a Câmara Municipal de Bom Despacho votou contra o projeto de municipalizar Escolas. O que você pensa disso?

Fiquei triste com a decisão dos vereadores. Nossas crianças tiveram um grande prejuízo. Veja, os professores das séries iniciais da rede estadual são competentes e dedicados, mas não são melhores do que os professores da rede municipal. Por outro lado, as escolas municipais são melhores em tudo. As instalações físicas são melhores, as bibliotecas, as brinquedotecas, a merenda, os serviços de apoio, os horários, o material escolar, tudo é melhor do que as escolas estaduais. Até o transporte escolar — que a rede estadual não tem — é proporcionado pela Prefeitura.

Só por estas coisas a municipalização já traria muitos benefícios para as crianças e seus pais. Mas, a situação do momento trazia vantagens extras, como o valor de R$ 6 milhões que permitiria à Prefeitura construir mais salas de aula e colocar todas as crianças em horário integral.

Aliás, não é sem motivo que onde o ensino foi municipalizado, a qualidade melhorou muito. A Fundação Getúlio Vargas fez um amplo estudo da municipalização no Estado de São Paulo, e a conclusão foi definitiva: os alunos das escolas municipalizadas avançaram mais do que os alunos das escolas que permaneceram com o Estado.

Nos últimos 20 anos o Ceará vem municipalizando suas escolas estaduais das séries iniciais. O resultado pode ser visto no IDEB. A cada ano as escolas municipalizadas superam e ganham distâncias das escolas estaduais. Por isto o Ceará, que até pouco tempo tinha um ensino considerado fraco, hoje está avançando para a liderança do ensino fundamental no Brasil.

Finalmente, a municipalização é uma obrigação legal prevista na LDB (Lei de Diretrizes e Bases) e na Constituição Federal.

Assim, seja pela questão da legalidade, seja pelas perdas impostas às nossas crianças, penso que os vereadores não tomaram a melhor decisão nesta matéria.

Em 2020 você se afastou do cargo de prefeito por causa de uma doença, a espondilite. Na época, mal conseguia andar. De lá pra cá o que mudou? Tratou a doença? Curou-se?

A espondilite anquilosante não tem cura. Tive uma crise aguda no final de 2019 e sofri dores agonizantes. Em março de 2020, após dezenas de exames, os médicos diagnosticaram a doença. Essencialmente, o tratamento consiste em controlar a dor. No entanto, os medicamentos nem sempre funcionam e todos têm efeitos colaterais graves.

Naqueles meses o trabalho se tornou muito penoso para mim. Qualquer movimento acarretava dores insuportáveis. Foi quando decidi me afastar da prefeitura para me tratar.

Estudando o assunto, descobri que muitos pacientes melhoram com exercícios físicos e uma dieta sem carboidrato (arroz, batata, farinhas, raízes). Adotei as duas coisas e melhorei muito. Faço exercícios todos os dias e só como proteínas e gorduras. Mesmo assim, perdi um pouco do movimento no pescoço. Tirando isto, considero que a doença está em remissão.

Ano passado o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) afastou você do novo mandato de vereador alegando que não poderia ter sido candidato em 2020. Na época você ressaltou que seu afastamento foi por questões de registro de candidatura e não por “qualquer deslize que tenha cometido”. Por causa disso entrou com recurso no STF. O que deu esse recurso?

Foi uma decisão absurda que contraria o que a justiça vinha decidindo. Aliás, que o próprio TSE vinha decidindo. Entrei com recurso no STF, mas até hoje está paralisado no TSE. O TSE que foi rápido em condenar sem fundamento, está sendo muito lento em encaminhar meu recurso ao STF. Como advogado, sei que a justiça, infelizmente, é assim mesmo: errática e quase sempre lenta em demasia. Mas tenho expectativa muito positiva de que o STF corrigirá a injustiça praticada pelo TSE.

Você está inelegível? Ou pode ficar inelegível em decorrência desse processo?

Não estou inelegível. Este processo nem mesmo trata de inelegibilidade. Ele apenas trata de saber se eu estava ou não em condições de ser candidato em 2020. O juiz e o TRE disseram que sim. O TSE, porém, entendeu que não. Agora é aguardar o pronunciamento do STF. Seja como for, este processo não me torna inelegível, qualquer que seja o resultado no STF.

Bom Despacho não elegeu deputado federal da terra. Mas há deputados federais votados aqui que destinam alguns recursos para a cidade. Exemplos: Diego Andrade, Domingos Sávio, Eduardo Barbosa, Lafayette Andrada, Newton Júnior, Stefano Aguiar, Subtenente Gonzaga e outros. Um deputado federal bom-despachense poderia fazer mais? Conseguiria mais recursos?

Todos estes deputados têm contribuído. Mas Bom Despacho não é prioridade para eles. É fácil entender por quê. Por exemplo, Diego Andrade foi eleito com 105.593 votos. Destes, 245 vieram de Bom Despacho. Menos de 0,2%. Em compensação, ele teve 9.653 votos em Três Pontas, 5.247 em Belo Horizonte, 4.397 em Boa Esperança. Na hora de dar atenção e colocar dinheiro de emenda, é claro que Bom Despacho não é sua prioridade.

Os outros não são diferentes. Domingos Sávio se elegeu com 80.989 votos, mas só teve 874 votos em Bom Despacho. Eduardo Barbosa teve 105.912 votos, mas somente 1.395 em Bom Despacho e por aí vai.

Assim, como é natural, na hora de dividir as emendas, Bom Despacho não é prioridade de nenhum destes deputados. Eles ajudam, mas um deputado bom-despachense poderia ajudar com mais do que todos eles juntos. Por isto precisamos de um deputado da terra.

Grande parte da sua vida profissional foi em Brasília. Lá trabalhou dando consultoria e prestando serviços para várias instituições nacionais. Caso eleito, essa experiência junto a órgãos federais seria útil na busca de recursos e benfeitorias para Bom Despacho e região?

Sem dúvida. Morei e trabalhei em Brasília por mais de 30 anos. Ao longo desse período dei consultoria para Câmara dos Deputados, Sebrae, Exército Brasileiro, Banco do Brasil, Presidência da República, STF, TSE e muitos outros. Também fiz a Academia de Polícia Federal, fui Analista de Finanças da Secretaria do Tesouro Nacional e Auditor Federal do TCU. Isto significa que conheço bem como os órgãos federais funcionam. Na hora de cobrar, este conhecimento será útil. Por exemplo, a questão da duplicação da BR-262. Para fazer o assunto andar, temos que navegar por diversos órgãos, como DNIT, ANTT e Ministério dos Transportes. Minha experiência ajudará bastante.

Você se elegeu vereador em 2020 pelo MDB. Agora foi para o Republicanos. Por quê mudou?

Em 2020 aceitei convite para me filiar ao MDB. Aceitei e me elegi vereador pela sigla. Sou muito grato pela oportunidade e trabalhei enquanto pude por seu engrandecimento. Agora recebi convite dos Republicanos e considerei que deveria aceitar porque o partido tem um bom programa que se coaduna com meus projetos e com muitas das minhas ideias. É um partido bem ao centro, ponderado, e com muitas realizações.

Fernando Cabral durante sua filiação ao partido Republicanos. Ao seu lado está Gilberto Abramo, presidente da sigla em Minas

Nos últimos anos o Brasil tem vivido momentos de extremos. A polarização que aconteceu nas eleições de 2018 se aprofundou nos anos seguintes. Continua se aprofundando. Isto não é bom. A política está jogando brasileiros contra brasileiros, familiares contra familiares, amigos contra amigos. O Republicanos é um partido da conciliação, sem extremismos, sem radicalismos. Acredito que esta postura seja o bálsamo de que nós precisamos. Nosso país não aguenta mais radicalismos.

O Brasil precisa de paz e harmonia para voltar a se desenvolver e para trazer mais felicidade para todos. Creio que a forma que os Republicanos têm agido contribuem muito para isto. Eu quero dar minha contribuição também.

Paz, harmonia, bom convívio social são coisas que estão nos faltando.

Você tem estimativa de quantos votos serão necessários para eleger um deputado pelo Republicanos?

Pelo Republicanos, 40 mil votos devem ser suficientes para eleger um candidato a deputado federal em Minas. Com a novidade das federações, é possível que partidos sem federação consigam eleger candidatos com menos votos. Este é o caso dos Republicanos, que não participará de federações.

O partido Republicanos terá outros candidatos na região além de você?

Olha, somos todos pré-candidatos, não propriamente candidatos. As coisas podem mudar até agosto. No entanto, pelo andar da carruagem, serei o único aqui na região.

Na campanha eleitoral você pretende fazer dobradinha com candidatos a deputado estadual da cidade e região? Quais?

Farei sim. Estas dobradinhas são importantes porque Bom Despacho e toda região precisam também do apoio de deputados estaduais. Trabalhando juntos nas esferas federal e estadual dois deputados podem fazer muito mais. No entanto, neste momento não posso antecipar as dobradinhas que estão sendo conversadas.

Vamos considerar a hipótese de você não ser eleito deputado este ano. Neste caso, você poderia disputar a Prefeitura em 2024 para suceder Bertolino?

Quando saí da prefeitura em 2020 pensei que havia chegado a hora de me aposentar. Mas, depois de me recuperar da doença como me recuperei, juntei muita energia e quero colaborar muito ainda com minha cidade. Como todos sabem, o futuro a Deus pertence, mas da minha parte não recuso o pensamento de voltar a me candidatar a prefeito. O povo me conhece, sabe como trabalho, e poderá me reconduzir ou não com bom conhecimento de causa. Mas, temos que aguardar os acontecimentos. Não podemos passar o carro na frente dos bois (iBOM / Foto: Ascom PMBD).

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