A cada 6 horas uma mulher é vítima de feminicídio no Brasil
Campanha busca sensibilizar a sociedade para combater a violência de gênero
Na última segunda-feira (25/11) foi celebrado o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. Apesar disso, os números mostram que o mundo ainda está longe de combater uma das principais causas de mortes femininas. No Brasil, a cada 6 horas é registrado um assassinato de mulher. Minas Gerais lidera o ranking do feminicídio no País. Informações do governo do Estado apontam que até outubro foram registrados 108 assassinatos de mulheres. VEJA MAIS: Violência contra a mulher é tema do PodBom Podcast.
A situação foi tema de discussão na audiência pública realizada dia 25/11 pela Assembleia Legislativa do Estado. Presente na audiência, a coordenadora-geral da Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) do Ministério das Mulheres, Ellen dos Santos Costa, afirmou não ser possível “enfrentar o feminicídio sem compreender que ele nasce de raízes profundas como o machismo, o racismo e as desigualdades raciais”.
Combate à violência
Para combater a violência contra a mulher e conscientizar a população mineira sobre a importância das denúncias para o enfrentamento do problema, o Governo do Estado lançou na última semana a Campanha dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher.
Neste período, a Polícia Militar (PM) e a Polícia Civil (PC) intensificam as ações de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher. Um dos objetivos é inclusive orientar as mulheres de que existe uma rede de enfrentamento à violência doméstica e familiar, para que a vítima acione consiga as medidas protetivas e o apoio necessários para interromper o ciclo de violência contra ela.
O movimento 21 Dias de Ativismo foi lançado em 1991 por ativistas do Women’s Global Leadership Institute, e é celebrado em mais de 160 países. Seu objetivo é sensibilizar a sociedade sobre a violência de gênero e reforçar o compromisso de governos e organizações com a proteção às mulheres. (Reportagem iBOM c/ informações da Agência Minas e da ALMG).