O futuro do Agro em Bom Despacho começa agora

Há cerca de 2 meses, em conversa com Doutor Bertolino sobre oportunidades para o desenvolvimento econômico de Bom Despacho, nos debruçamos um longo período sobre o agronegócio. Apesar de nossas origens, dos números recentes do agronegócio brasileiro e das diversas qualificações que Bom Despacho tem para ser um polo, a impressão era de que estávamos perdendo o bonde. Estava claro que faltava alguma coisa.

Em função de características e cenários encontrados em períodos anteriores, a agropecuária não foi prioridade por algumas gestões. Foi consenso que era urgente mudar esse panorama. Era preciso fazer com que a prefeitura se tornasse parceira do produtor rural, se aproximasse e entendesse suas necessidades e pavimentasse caminhos para o setor.

Mas também nos era claro que esse projeto não cabia dentro da prefeitura. Há vários atores importantes no agronegócio em Bom Despacho, e cada um deles tem pelo menos um papel fundamental para o desenvolvimento do setor, seja o associativismo, o financiamento, a capacitação, a logística, as relações institucionais, a ciência ou a tecnologia. Isso sem falar na capacidade de empreender e produzir os resultados de fato. Ficou clara em nossa discussão que Bom Despacho tinha uma grande oportunidade em suas mãos e todos os instrumentos para torná-la real. O desafio era trazer todos à mesa e construir uma aliança pelo desenvolvimento do agronegócio no município.

Contatamos então as principais instituições ligadas ao agronegócio no município e propusemos a criação de um comitê. O objetivo proposto para o comitê foi construir um plano para o desenvolvimento do agronegócio em Bom Despacho, com a contribuição e participação de todos.  Convidamos para a reunião inicial, no dia 20 de agosto de 2020, representantes de diversas instituições ligadas ao setor: Cooperbom, Credibom, Credesp, Sindicato Rural, Emater-MG, CDL/Acibom, Una e Banco do Brasil. Além deles, convidamos alguns empresários do setor, como Rose Helen, da Citrovan, e produtores, como Jacques Gontijo, ex-presidente da Cooperbom e da Itambé.

Foi uma reunião de apresentações e de estabelecimento de um pacto comum: alavancar o agronegócio em Bom Despacho coletivamente, buscando uma visão de futuro convergente e competências complementares. O objeto é usar o momento oportuno que estamos passando para tornar nosso município um polo da agropecuária, unindo esforços e competências de cada um dos envolvidos no setor.

Depois de um mês de reuniões, o comitê quer convidar a sociedade bom-despachense para conhecer e participar desse projeto. A Caixa Federal nos procurou e se juntou ao projeto esta semana. A regional do Sebrae localizada em Divinópolis também já se ofereceu para nos apoiar. Esse projeto não é de uma pessoa, de uma entidade ou de uma empresa. Ele é um projeto de Bom Despacho. Por isso, ele é múltiplo, é diverso, é rico e é complexo. Cada um dos participantes tem aceitado um pacto de buscar pontos de convergência que interessem ao município e contribuições que nos ajudem a chegar a um ciclo de progresso impulsionado pelo agronegócio.

Como ainda estamos com uma série de restrições por conta da pandemia de Covid-19, precisamos ser cuidadosos e zelar pela preservação da saúde de todos. Mas, ao mesmo tempo, não podemos perder o timing para ocupar nosso espaço neste novo ciclo do agronegócio que está vivendo o Brasil. Assim, a participação presencial será restrita a convidados das entidades que compuseram inicialmente esse comitê. Serão ao todo 120 participantes presenciais no dia 25/09, a partir de 11h45.

Produtores e empresários convidados, por favor, compareçam, mostrem a força do setor em Bom Despacho (para palestrantes, convidados e imprensa) e tragam suas contribuições para o projeto. Ele começa agora. O resultado pode ser extraordinário! E depende de nós, coletivamente.

Àqueles que não puderem comparecer, haverá transmissão ao vivo pela internet. CLIQUE AQUI para assistir. Vale a pena tirar pelo menos uma parte da tarde de sexta-feira para acompanhar.

Paulo Henrique Alves Araújo

Paulo Henrique Alves Araújo é gestor e servidor público, mestre em computação e gerente de projetos de inovação

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