Fim da vacina contra aftosa exige cuidado dos produtores

 

Trabalho de estudantes de Veterinária da Una Bom Despacho alerta produtores para identificar sinais da febre aftosa no rebanho

Um grupo de estudantes do curso de Veterinária da Una Bom Despacho fez um vídeo orientando os produtores rurais sobre cuidados necessários com o rebanho bovino após o fim da vacinação contra a febre aftosa em Minas Gerais. O vídeo produzido pelos alunos, com duração de 1 minuto, mostra os sintomas que podem indicar o surgimento da doença nos animais e orienta sobre como agir nesses casos.

“Estamos diante de um marco importante na história da pecuária nacional: o fim da vacinação contra a febre aftosa no estado de Minas, que representa uma conquista significativa para a saúde animal, a economia e a segurança alimentar”, afirma o aluno Thiago Lacerda, que enviou o vídeo ao portal iBOM.

Vacinação suspensa

A vacinação dos rebanhos contra a febre aftosa em Minas foi suspensa a partir deste ano. De acordo com a Secretaria de Agricultura e Pecuária do Estado, a medida é “uma conquista histórica para os criadores de gado mineiros”. A Secretaria estima que a medida trará economia de aproximadamente R$ 700 milhões por ano para o setor produtivo de Minas, considerando os gastos com imunizantes e com pessoal para aplicação, bem como as perdas na produção de leite devido à imunização das fêmeas leiteiras.

Cadastramento das criações

Com o fim da vacinação, até o dia 30 de junho todos os produtores rurais de Minas deverão fazer o cadastro das suas criações no IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária). A obrigação vale para os criadores de bois, búfalos, cabras, ovelhas, suínos, cavalos, jumentos, mulas, abelhas, galinhas e peixes. Segundo o Governo de Minas, essa atualização cadastral “visa ao fortalecimento dos serviços de vigilância e à defesa sanitária do Estado”, permitindo “que o serviço veterinário oficial aja de maneira mais rápida e eficiente em casos de emergências”.

O secretário de Agricultura de Minas Gerais, Thales Fernandes, afirmou que “esse cadastro vai dar condições de continuarmos com a vigilância e mantermos o status sanitário de livre da doença sem vacinação, gerando renda e emprego”. Isso porque países ou zonas livres da aftosa sem vacinação conseguem vender carne e derivados para mercados mais exigentes e que pagam melhor.

Minas Gerais possui o quarto maior rebanho bovino (leite e corte) do país, com cerca de 22,8 milhões de cabeças, conforme o último levantamento do IBGE, de 2021. Minas é também a principal bacia leiteira do país, responsável por 27,2% da produção nacional, registrando 9,6 bilhões de litros em 2021.

Estudantes

O vídeo (ASSISTA CLICANDO AQUI) com orientações para os produtores foi feito pelos estudantes Cauã Alexandre Miranda Fontes, Fernandes B. Couto Campos, Leonardo Rodrigues de Assunção, Lucas Alexandre Santana Santos, Luís Gustavo Aparecido Rodrigues, Messias Luiz Faria de Souza, Nicoly Alexandra de Sousa Alves, Pedro Victor Azevedo de Carvalho, Rogério Braga Filho, Thiago de Lacerda Chaves e Vanessa Rodrigues de Azevedo, do curso de Veterinária da Una Bom Despacho. ASSISTA AO VÍDEO AQUI. (Portal iBOM c/ dados enviados pelos estudantes e informações da Agência Minas / Foto: Cristiano Machado – Agência Minas).

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *