Corpo de mulher é resgatado após 7 dias em cisterna

 

Mulher de 42 anos foi morta e jogada dentro de cisterna com 20m de profundidade para ocultação do cadáver. Corpo de Bombeiros retirou o corpo do local. Caso foi em Pompéu-MG

Militares do Corpo de Bombeiros de Bom Despacho-MG tiveram que lidar com uma situação difícil e grotesca na madrugada desta sexta-feira (11/4): retirar um cadáver em decomposição do fundo de uma cisterna com 20 metros de profundidade em Pompéu-MG.

O corpo era de uma mulher de 42 anos assassinada uma semana antes por 3 criminosos. Após matar a mulher, o trio jogou o corpo dela na cisterna para ocultar o crime. O caso foi descoberto pela Polícia Militar de Pompéu, que acionou os Bombeiros para resgatar os restos mortais da vítima.

O iBOM apurou que a cisterna fica num terreno baldio, cheio de mato, na rua Chiquinho da Quita, perto do centro de Pompéu-MG. “O odor forte do corpo em decomposição estava terrível, é algo difícil de explicar”, disse ao site o cabo Leandro Lucas, que entrou na cisterna para retirar o cadáver. Para isso ele usou 3 vestimentas de proteção, incluindo proteção de cabeça, viseira e máscara com cilindro de ar. “Além do odor insuportável do corpo em decomposição, há também o risco de gases tóxicos dentro da cisterna”, disse o militar.

Leandro explicou ao iBOM que o local era uma cisterna desativada que aparentemente foi transformada numa fossa, já que havia um cano chegando no local. “No fundo, a 20 metros de profundidade, havia lama, chorume da decomposição do corpo, vários sapos e muitas baratas. Tudo isso num espaço com pouco mais de 1 metro de circunferência, na escuridão, com muita umidade e ainda chovendo durante o resgate”, relatou ao site.

O iBOM perguntou ao militar o que ele sentiu naquele momento. “No início dá sensação de ânsia, de claustrofobia. Mas somos treinados para enfrentar situações assim. A gente faz um esforço mental para se ambientar no espaço e dominar as emoções. Aí a gente consegue”. Vídeo mostra retirada do corpo. Assista AQUI.

Depois de descer até o fundo vem a parte mais difícil, que é amarrar o corpo inchado, em decomposição, e retirá-lo da cisterna. “É um procedimento que exige cautela. É preciso amarrar as cordas em pontos estratégicos como cabeça, tronco, pernas e braços para o corpo subir inteiro, sem desmanchar”, explicou o militar. Leandro permaneceu 20 minutos dentro da cisterna para conseguir amarrar e subir os restos mortais.

“É uma situação triste e grotesca, mas no final o sentimento que fica é a sensação do cumprimento de um dever, inclusive para dar uma resposta à família que estava à procura da vítima”, disse ao iBOM.

Equipes da Polícia Militar e da Polícia Civil acompanharam a operação. Após o corpo ser retirado ele foi reconhecido na hora pela filha da vítima. Depois do trabalho da Perícia, os restos mortais foram entregues à funerária. (Reportagem iBOM / Fotos e vídeo: Corpo de Bombeiros).

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