Maria Antônia Seidler e a saga dos alemães em BD
TADEU ARAÚJO – Maria Antônia Seidler Kohnert G. Teixeira nasceu em Bom Despacho em 29/09/1945, filha de Bruno Kohnert e Wilhelmine Dorotea Kohnert. Estudou o primário no Grupo Escolar Coronel Praxedes e ginasial com o curso para professor na Escola Normal Oficial Miguel Gontijo. Formou-se em Fonologia pela UFRJ, no Rio de Janeiro. Casou-se em 1971 com Fernando Gontijo de Abreu Teixeira e teve 4 filhos: Theodoro, Gustavo, Cristina e Victória. Trabalhou na Secretaria de Estado da Educação e escolas conveniadas. Atuou como fono nas clínicas ligadas à Fonologia da UFRJ, bem como da Faculdade Isabela Hendrix, onde também era professora no curso de Fonoaudiologia. Aposentada, resolve escrever para os filhos a história de suas origens que já vinha pesquisando por muitos anos. Ao entrevistar pessoas ligadas às colônias, descobre que quase todos desconheciam partes de suas origens germânicas. Em vista de tal fato, resolve estender o alcance para essas pessoas. Surge então o livro com documentos, fotos, fatos e curiosidades.
A saga de imigrantes alemães em terras bom-despachenses
Em 2020, completou-se um século de heroica saga de imigrantes alemães. Eles partiram da arrasada e culta Alemanha, no pós-primeira guerra mundial, rumo aos sertões incultos do Brasil e do interior de Minas Gerais. Aqui chegaram com suas famílias para reiniciar o sonho de uma nova vida na área rural, nas colônias criadas em nosso estado. Colônias que se iniciaram, em Minas, a partir de 1.847, perfazendo um total de 32, em 24 cidades do estado. Em Bom Despacho foram duas: colônia Álvaro da Silveira (88 famílias) e Davi Campista (36 famílias), criadas e instaladas entre 1920 e 1925.
Para uma pequena e humilde cidade brasileira de então, aquele foi um acontecimento apoteótico que influenciou e influencia até hoje a face de nossa história. A convivência, a trajetória, as lutas, adaptação a novos costumes e língua, o sofrimento e as conquistas repercutem até hoje entre nós.
E 100 anos depois, quando as memórias da Bom Despacho germânica pareciam ir se apagando, tudo renasce e brilha novamente em “Kolonie 1920-1925”, livro recém-lançado por nossa conterrânea Maria Antônia S.K.G.Teixeira, obra que ilustra e faz ressuscitar personagens, fatos, vidas de gente que largou a vetusta Europa e se tornou bom-despachense de corpo e alma e se fizeram nossos irmãos.
O brilho da historiadora teuto bom-despachense
Maria Antônia Seidlder Kohnert Gontijo Teixeira, filha do Bruno e de Dona Dora, alta, clara, cabelos louros, olhos azuis, lídima representante da raça germânica, uma das crianças, adolescente e adulta mais encantadoras e belas entre os alemães de Bom Despacho, se tornou a quinta historiadora de nossa terra. Com sua inteligência, persistência, trabalho e paciência, profunda pesquisadora do passado, acaba de lançar luzes sobre uma parte semiadormecida dos anais da cidade das três colinas. Maria Antônia, em seu riquíssimo livro, revela tesouros genealógicos de seu povo, principalmente em Bom Despacho, com fotos reveladoras, preciosos documentos, um belo cabedal de citações de um grande número de famílias germânicas que aqui vieram viver, depoimentos, artigos de terceiros, valiosos necrológios, trajetórias de antepassados que participaram de guerras, como a Primeira e a Segunda Guerra Mundial e até na China, antes de virem para o Brasil.
O nome de Maria Antônia, já muito conhecido e gravado por sua simpatia na longa convivência com nossa gente, agora se consagra como ilustre escritora e historiadora, que acaba de nos brindar com um das mais importantes obras já publicadas desde os seus primórdios. Ela se constitui, entre as mulheres, com seu livro “Kolonie – 1920-1925”, a mais brilhante autora literária de sua Bom Despacho do coração.
Sempre digo que entre aqueles pesquisadores que registraram a marcha da história desta Cidade Sorriso, cinco se destacaram: primeiro, o italiano Padre Nicolau Ângelo del Duca, que aqui aportou no arraial do Bom Despacho, em 1888, e liderou-o até 1928, quando morreu. Culto inteligente, ele procurou dar uma história a um lugar que não tinha história e registrou-a no livro de tombo da paróquia.
O segundo foi o então promotor Dr. Laércio Rodrigues, que debruçou-se arquivos tricentenários de Pitangui e nos brindou, em 1967, com o livro “História de Bom Despacho”.
O terceiro historiador, o doutor Nicolau Teixeira Leite, que desde 1924, pelas páginas do Jornal “O Bom Despacho”, como o mais emérito conhecedor de nosso povo e de nosso município, desfilou importantes registros sobre pessoas e a comunidade da cidade.
Orlando Ferreira de Freitas foi o quarto e o mais agudo de nossos pesquisadores históricos, que há pouco nos deixou, depois de editar, em 2005, sua preciosa obra “ Raízes de Bom Despacho.’’
O quinto, Fernando Humberto Resende, rastreou e produziu suas pesquisas de fôlego em três volumes “Bom Despacho 300 anos”.
Aviso aos Göltzs
Está em meu poder um exemplar do livro KOLONIE 1920-1925, sobre as colônias alemãs em Bom Despacho, para ser entregue a alguma pessoa da família. Favor alguém telefonar-me no (37) 99930.1979 para combinar a entrega. (Portal iBOM / Fotos: arquivo pessoal).
Olá professor Tadeu,sou de Bom Despacho,conheci a família Konhert, pois morei na Av.das Palmeiras,hoje moro em Goianésia GO.Tenho grande interesse em adquirir o livro Kolonie,da Maria Antônia,como posso compra_lo?
Estou sempre lendo suas crônicas, gosto muito.Um forte abraço conterrâneo.
Boa tarde professor Tadeu! Gostaria de saber onde comprar o livro. Meu avó Gottschalg morou na colônia. Obg
Boa tarde professor Tadeu! Gostaria de saber onde comprar o livro.
Muito boa a iniciativa de divulgar esta preciosa obra.
Boa noite tudo bom
A mae de dona Maria Antônia Seidler Kohnert G. Teixeira e parente de meu vô Henrique zellin que veio da alemanha e gostaria de saber como faço pra esta conhecendo ela pra saber mas dos meus antepassados
Tadeu bom dia! Somos da família Gölz e gostaria de saber mais sobre como adquirir o livro Kolonie. Obrigado.
Onde consigo fazer a compra desse livro ?