Situação da MG-164 põe em risco a colheita da safra

 

Alerta é dos diretores da Cooperativa Agropecuária de Bom Despacho, que estimam a colheita de 20 milhões de sacas nas fazendas da região a partir de fevereiro. O transporte dessa produção pode entrar em colapso devido à situação crítica da rodovia MG-164, gerando enormes prejuizos, afirmam os diretores Enes Fialho e Fúlvio Cardoso.

Com a chegada da época da colheita de grãos, que inicia na segunda quinzena de fevereiro, aumenta a preocupação dos produtores rurais que dependem da MG-164 para o seu negócio. O alerta é da diretoria da Cooperbom (Cooperativa Agropecuária de Bom Despacho), que tem hoje mais de 3.600 cooperados ativos. “A rodovia está péssima, quase intransitável, e trazendo muitos prejuízos. Mas a situação pode ficar inviável na colheita da safra, que aumenta o volume de tráfego de caminhões na rodovia”, explicou ao Portal iBOM o diretor comercial da Cooperbom, Enes Fialho.

Atualmente, a Cooperativa possui 28 unidades comerciais instaladas em Bom Despacho e outras 4 cidades da região. Emprega 430 pessoas, fatura R$ 400 milhões por ano e investe alto em projetos sociais, culturais e educativos na comunidade.

Segundo Enes Fialho, “a estimativa é que nesta safra sejam colhidas 20 milhões de sacas de grãos em fazendas localizadas entre Bom Despacho e Morada Nova de Minas – o que dá aproximadamente 330 mil toneladas de carga”, explicou. Parte dessa produção terá de ser transportada pela MG-164 para chegar nas fábricas de ração situadas em Bom Despacho e em outros centros consumidores. “Considerando a média de 25 toneladas por veículo, serão quase 15 mil caminhões carregados passando pela MG-164 e rodovias próximas para transportar esses grãos”, ressaltou Enes.

Nessa conta não estão incluídas outras demandas e necessidades de produtores e indústrias do agronegócio que igualmente dependem do transporte rodoviário, como adubos, calcário, gesso agrícola e insumos variados – o que só piora o cenário.

A própria Cooperbom, com seu laticínio, suas lojas agropecuárias e a fábrica de rações, gera intensa movimentação de cargas pela rodovia. Atualmente, só de leite a Cooperativa recebe 125 mil litros diariamente. Isso dá em média 15 caminhões refrigerados rodando todos os dias. A maioria deles trafega pela MG-164

Fúlvio: produtores estão sendo lesados

O presidente da Cooperbom, Fulvio Cardoso, é taxativo: “na situação atual, com a MG-164 quase intransitável, os produtores rurais estão sendo lesados”. E esse quadro tende a piorar ainda mais na época da colheita se o Estado não fizer a recuperação da rodovia nas próximas semanas. “A precariedade da MG-164”, disse Fulvinho ao Portal iBOM, “provoca atrasos na coleta do leite e na entrega de insumos nas fazendas, aumenta o custo de frete e ainda gera perda de qualidade da carga devido à demora no transporte. Aumenta também a depreciação dos veículos e os riscos de acidentes e perda de vidas na rodovia. Tudo isso prejudica diretamente os produtores e a própria Cooperbom, empresa que tem grande importância social e econômica para a comunidade”, finalizou. (Reportagem e fotos Portal iBOM)

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