Tadeu, o mestre
Minha amizade com o Tadeu surgiu das conversas sobre a história da cidade por volta de 2003, quando andei pesquisando a Estrada de Ferro Paracatu para fazer o tombamento da Estação e da Locomotiva. Naquela época ele era Secretário de Cultura, sabia tudo sobre a Vila Operária da Estrada de Ferro e me contou sobre a chegada dos Caçadores Mineiros. Com ele, revisei conceitos sobre a saída do trem e a vinda dos militares. Isto é assunto para depois.
Temos algo a mais no sangue que nos une através dos nossos antepassados que se esbarram na história curiosa da Julia, a tal francesa. Foram horas de conversas sobre a tal Júlia, filha de um importante padre. Eu afirmo: tudo que você quiser saber sobre história de pessoas da nossa cidade, das ruas, povoados, lendas e até sobre quitandas, é com ele, com o Mestre!
Se sabe fazer alguma quitanda, eu não sei. Mas quando fui perguntar sobre as quitandas tradicionais da nossa região, aquelas feitas nas fazendas, já vem o Tadeu me dando uma verdadeira aula, falando da diferença entre biscoito e bolacha e até dando a receita daquela iguaria chamada de “mentira”!
Mas a verdade é que somos parecidos quando tratamos do reconhecimento dos valores culturais da nossa cidade. Uma vez fomos convocados para uma reunião na Câmara Municipal de Bom Despacho, na época em que ele era o Secretário de Cultura. Em plena reunião dos vereadores tivemos que escutar de um deles “que quem gosta de coisa velha é cupim”!
O fato é que o Tadeu tem uma memória invejável e não será estragada por nenhum cupim. Costumo brincar, dizendo a ele que devemos “tombar” seu conhecimento.
Aproveito aqui para fazer a convocação: vamos começar a fazer o backup deste HD, colocando no papel um pouco do que está arquivado? Conte comigo.
Bom Despacho já agradece!
Carolina Moreira é arquiteta
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