Moradores reclamam da Copasa por falhas no abastecimento

Interrupções frequentes no abastecimento de água na região do Arraial e adjacências tem provocado muitas críticas à Copasa. De acordo com a companhia, os cortes no abastecimento devem-se a manutenção emergencial da rede.

Moradores do Belvedere disseram ao Jornal de Negócios que o problema é recorrente e que a interrupção no abastecimento é feita sem aviso prévio. Cansados do problema, moradores vão procurar o prefeito Bertolino e pedir providências contra a Copasa.

Procurada pelo Jornal de Negócios, a concessionária afirmou que as manutenções feitas na rede de água da rua do Rosário “são pontuais e necessárias para correção de vazamentos.

Questionada pelo Jornal sobre a adoção de medidas preventivas para evitar novas ocorrências, a concessionária não respondeu.

 

Vereadores criticam concessionária

As falhas no fornecimento repercutiram na Câmara Municipal de Bom Despacho. Na reunião do dia 5/10 o vereador Fernando Branco requereu a convocação do diretor responsável da Copasa “para prestar esclarecimentos sobre os constantes problemas apresentados na rede de água da rua do Rosário, próximo à avenida Dr. Roberto (…) e as medidas efetivas que serão adotadas para sanar definitivamente” as falhas. Branco criticou as interrupções no abastecimento e disse que o problema só vai ser solucionado com a troca da rede de água daquela região, porque os canos são antigos e apresentam vazamentos frequentes. “Não adianta ficar fazendo paliativos como estão fazendo sempre”, concluiu.

O vereador Marco Antônio disse que a Copasa já está fazendo o projeto para substituir essa rede “que é de amianto, uma rede muito antiga”, reconheceu.

Marcelo Marilúcio pediu esclarecimentos sobre as falhas no abastecimento de água do bairro São Vicente, onde reservatórios instalados pela concessionária para ampliar a capacidade de abastecimento daquela região continuam vazios e não foram ligados à rede.

Vital Guimarães também criticou a demora em ligar o reservatório do São Vicente e propôs que a Câmara faça uma representação contra a Copasa no Ministério Público.

Marco Antônio retomou a palavra e disse que, apesar dos problemas existentes, é necessário economizar água. Citou a própria Câmara onde, afirmou, existe um aspersor ligado jogando água tratada no jardim defronte ao prédio. “Água tratada não pode ser desperdiçada”, concluiu.

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