Polícia Civil reconstitui assassinato de jovem de 15 anos em BD

ACUSADO, DE 28 ANOS, ESTÁ PRESO E É SUSPEITO DE OUTROS ESTUPROS

A Polícia Civil (PC) de Bom Despacho fez na quinta-feira (3/9) a reconstituição do assassinato de uma adolescente de 15 anos, morta em julho de 2018 no local conhecido como Mirante, próximo ao bairro Jaraguá. A vítima, Ingrid Lorrayne, foi morta com 32 facadas e depois teve o corpo queimado. O assassino ainda tentou decapitar a vítima, mas não conseguiu. Douglas Alves Mesquita, de 28 anos, é apontado pela Polícia Civil como autor do crime.

Segundo o delegado Rodrigo Noronha, responsável pelo caso, o acusado disse que o crime teria sido motivado por suposta gravidez da vítima. A adolescente teria contado ao suspeito que estava grávida e que ele era o pai do bebê. Ao receber a notícia, o acusado disse ter ficado transtornado, pego uma faca e golpeado a vítima 32 vezes, além de ter efetuado 2 cortes profundos no seu pescoço. Depois, ateou fogo no corpo, explicou o delegado. “Ficou clara uma vontade imensa de matar, uma descarga de energia negativa impressionante”, afirmou ao Jornal de Negócios o delegado Noronha. A Perícia feita no corpo da vítima não confirmou a gravidez.

Reconhecimento do corpo

Quando Douglas ateou fogo no corpo da adolescente, as chamas se alastraram pelo mato seco e incendiaram a vegetação. Os restos mortais da adolescente, parcialmente carbonizados, foram encontrados mais tarde por pessoas que chegaram no local para apagar o incêndio na pastagem.

O corpo da adolescente foi reconhecido pela mãe através das roupas, uma tatuagem no braço, um alargador na orelha e um piercing no nariz da jovem.

Investigação

O acusado, Douglas Mesquita, encontra-se preso em Lagoa da Prata devido a outro crime de estupro cometido por ele em Martinho Campos. Por esse crime ele foi condenado em 2019 a mais de 9 anos de cadeia.

A Polícia Civil chegou até Douglas após longa investigação. “Ele acreditava que não seria punido”, disse o delegado Noronha. Após o assassinato, Douglas chegou a enterrar as roupas que usava no dia do crime para apagar vestígios. Depois, com medo de ser descoberto, desenterrou as roupas e as queimou. Mas aos poucos as evidências foram sendo descobertas pela investigação. Uma prova importante foi obtida através do celular da adolescente, levado pelo acusado após o crime. Ele foi rastreado pelos policiais até chegarem a Douglas. As roupas queimadas também foram descobertas. O cerco da Polícia se fechou até que o acusado finalmente confessou o crime.

CLIQUE e assista ao VÍDEO da Polícia Civil sobre a reconstituição

Outros crimes

De acordo com o delegado Noronha, Douglas também é suspeito de ter cometido pelo menos outros 7 estupros em Bom Despacho desde 2014. Além disso, também é suspeito de roubo, furto, lesão corporal e tentativa de homicídio. “Estamos investigando há muito tempo e agora descobrimos a ponta do novelo”. Para o delegado, a apuração desse caso poderá encorajar mais mulheres a denunciarem o suspeito por outros estupros que ele possa ter cometido na cidade.

O delegado Rodrigo Noronha, responsável pelas investigações, disse ao Jornal de Negócios que o acusado será indiciado por homicídio triplamente qualificado: feminicídio, motivo fútil e impossibilidade de resistência da vítima. A pena para esses casos pode passar de 30 anos de prisão.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *