A Megasena fez Bom Despacho famosa país afora…
ALEXANDRE MAGALHÃES – No dia 31 de dezembro de 2023, estava em um sítio nos Cristais, rodeado de amigos, namorada e irmãos, quando alguém mostrou a tela do celular e disse: “gente, a megasena saiu para alguém de Bom Despacho”. Corações bateram forte… Minutos depois, nova mensagem e alguém informou que o prêmio era para um bolão de uma certa empresa da região. Corações bateram forte, de novo.
Um dos presentes, que havia jogado neste bolão, passou mal, suou frio, ficou branco como os cristais que deram nome ao local.
Parece que o ganhador não teve nada a ver com o dito bolão da empresa e o rapaz quase morreu à toa.
Da noite do dia 31 de dezembro, até agora, dezenas de amigos, conhecidos e parentes me contataram para saber se eu era o ganhador da megasena. O nome Bom Despacho soou a campainha na cabeça de meus amigos, que ligaram a cidade à minha pessoa. Pessoas que eu nem tinha ideia de que sabiam de minha ligação com a cidade, me pararam nas ruas, na academia, enviaram mensagens via WhatsApp etc. Minha maior surpresa foi um rapaz, que eu havia visto uma ou duas vezes na academia de ginástica que frequento em São Paulo, que ao me ver no local, veio rápido em minha direção e me perguntou se não era eu que estava sempre em Bom Despacho. Diante da confirmação, começou a me perguntar se eu era o ganhador, se eu conhecia a pessoa, como era Bom Despacho, de que vivia a cidade, quais empresas eram conhecidas, entre outras muitas perguntas.
Contei várias vezes, para várias pessoas, que eu havia jogado na lotérica da Rua Dr. Miguel Gontijo, onde dizem que foi feita a aposta ganhadora, mostrando que estive próximo do prêmio e estas fantasias que adoramos degustar com os amigos.
Até um ex-aluno, que teve aulas comigo no começo de meu relacionamento com minha namorada bom-despachense, enviou-me uma mensagem via Facebook para saber se eu ainda mantinha minhas idas a Bom Despacho e se eu era o novo milionário.
Acho que nunca na história, Bom Despacho foi tão famosa. Espero que o ganhador, seja ele quem for, continue sendo morador da cidade e que use o dinheiro para gerar mais riquezas e empregos para a cidade que deu essa alegria a ele ou ela.
Eleição
Esta é a primeira eleição que acompanho mais de perto em Bom Despacho. Nos pleitos anteriores, eu mal conhecia os candidatos, não tinha ideia da dinâmica social do município, ou seja, não estava inserido na vida social da cidade.
Neste pleito, tenho a sorte de conhecer muito bem um dos candidatos, que é o professor Lao, de estar sempre em contato com ele, sua namorada, a Gabi, suas filhas, ex-esposa, pais e irmãos. Isso me dá chance de acompanhar cada passo da eleição bem de perto, discutindo curiosamente com o próprio candidato Lao quais são as propostas, as saídas para a cidade, como escolher um ou uma (torcendo para ser uma mulher das classes mais baixas de Bom Despacho) vice, entre outros detalhes interessantes da eleição local.
Fora o professor Lao, sou amigo do Marcelo Cabral, irmão do ex-prefeito, que ainda é relevante na política local. Alguns dizem que está inelegível, mas ele garante que será candidato em outubro. Com o Marcelo, também falamos de política local e sobre as possibilidades de voto para 2024.
Espero que Bom Despacho consiga eleger o melhor candidato, alguém que olhe para a cidade como para seu próprio filho, sempre querendo o melhor.
Como já disse neste espaço anteriormente, nunca tive o menor contato com qualquer prefeito de São Paulo, pois são milhões de moradores e conhecer o prefeito é uma raridade.
A única vez que estive perto de uma candidata, a Luiza Erundina, nonagenária deputada até hoje, foi quando dei um encontrão nela, que estava fazendo uma panfletagem perto da estação de metrô perto de minha casa.
Portanto, considero ser uma sorte poder acompanhar a política e a eleição de Bom Despacho tão de perto. E, quem sabe, ser amigo do futuro prefeito.
Meu fim de ano mais marcante em toda minha vida
No fim de 2023, levei meus dois irmãos gêmeos para passarem o Natal e o ano novo em Bom Despacho. Fiquei impressionado com a quantidade de pessoas, conhecidas ou não, que me encontraram nas ruas, bares e restaurantes na cidade, junto com meus irmãos, conversaram comigo e com eles, colocaram-se à disposição para ajudar de alguma forma a cuidar deles, entre muitas gentilezas.
Ao final dessas três semanas, quando tivemos de voltar a São Paulo para uma perícia médica em um dos gêmeos, meus irmãos não queriam mais voltar para casa.
Especialmente o Rafael, ficou muito triste em sair da cidade. Como ficaram muitos anos sem sair de casa, mesmo antes da Covid-19, já que minha mãe estava já com certa idade e não conseguia levá-los a restaurantes, cinemas, teatros etc, a vida bom-despachense foi o sonho para eles. Saímos quase todas as noites para jantar, encontrar os amigos, conhecer gente nova, ir a muitos sítios, piscinas, aproveitar as muitas áreas verdes da cidade, enfim, ficaram mal-acostumados.
Meus outros irmãos ficaram até enciumados com a tristeza deles ao retornar ao lar paulistano.
Voltaremos em breve, é o que esperamos.
Obrigado a todos que nos encontraram e dedicaram algum tempo para o Daniel e o Rafael. Nunca esqueceremos essa enorme gentileza. (Portal iBOM / Alexandre Sanches Magalhães é empresário, consultor e professor de marketing, mestre e doutor pela USP e apaixonado por BD e SP).