Fim de semana de festa e música em Bom Despacho
ALEXANDRE MAGALHÃES – No sábado (12/8), depois de dois meses ausente de Bom Despacho, voltei para a frequentar a sala de musculação da Praça de Esportes. Depois de uma corrida e de uma sessão de musculação, fui a pé até o bar do Ernani Ferramenta. Correr e malhar dá uma sede…
Depois da primeira cerveja refrescante, vi que meu ex-professor de violão, o excelente músico Leo Assunção, chegou ao bar.
Para minha alegria, Leo confirmou que iria tocar ali a partir das 13:30. Conferi o relógio, e como já eram 12:30, resolvi esperar.
Leo é um músico incrível, refinado, artista completo. Com repertório que abrange um século de MPB – Música Popular Brasileira, Leo tocou de Noel Rosa a Chico Buarque, de Cartola a Belchior, de Luiz Melodia a Caetano Veloso. Um espetáculo! Sorte minha que havia sentado bem perto do local onde estava o músico, pois acompanhei tudo bem de perto, regado a cerveja gelada, bem gelada.
Fui embora umas 15:00 e o show continuou. Eu tinha compromisso importante mais à noite…
Festival Avura
Umas 18:00 horas cheguei ao Festival Avura, local preparado para shows e festas, de minha amiga Iara, filha do homem que dá nome à Avenida Dr. Roberto Queiroz.
Quando chegamos, a DJ Tilelê estava comandando a música. Como gostei do repertório da DJ, bastante regado de MPB, perguntei quem era a profissional e fui informado que é filha de minha amiga bom-despachense, a Cisse e o Tino.
Em seguida, Jubah e Banda arrasaram em seu show que mesclou Reggae, MPB e Rock, tudo da melhor qualidade. A banda apresentou guitarra, violão, baixo, piston e bateria. Combinação perfeita.
As dezenas de pessoas presentes dançaram, cantaram, beberam, comeram e se divertiram até a madrugada. Voltei sem voz para casa.
Nos intervalos, revi amigos bom-despachenses, conheci a Sonia, autora do livro que li e adorei, o “Pé Preto no Barro Branco”, pessoa ótima de conversa, e reencontrei meu amigo argentino Gustavo, dono da PizzaSur de Nova Lima, que foi o responsável por uma das bancas de comida na festa.
Umas 20:00 horas recebemos um vídeo de uma amiga que estava no bar do Ernani Ferramenta, mostrando que o Leo Assunção ainda estava tocando e cantando. Incrível: sete horas de show de ótima qualidade.
Dia dos Pais
No domingo, Dia dos Pais, fui gentilmente convidado pelos pais de meu cunhado para almoçar na roça do patriarca João Macota. Além da comida maravilhosa, descobri que a família deles é composta por muitos músicos.
Na mesa principal tinham uns quatro ou cinco violeiros, além de um sanfoneiro muito habilidoso. Alguns dos nomes dos músicos que lembro são José Vital, Nicodemos, João Luiz e Toninho, entre outros que minha memória não guardou.
Quem não estava tocando um instrumento, estava ajudando na cantoria.
Apesar de estar longe de minha filha, que mora em São Paulo, passei um excelente Dia dos Pais, cercado de muita gente maravilhosa, como os donos da casa e seus parentes, minha namorada, meus sogros, cunhado e concunhada, seus amigos e familiares.
E muita música…
Jantar sem música, mas com muita conversa
Ainda fechei o domingo jantando no KiMassa, sem música tocando (apesar do vídeo mostrar sempre um show rolando), mas com muitas conversas, homenageando meu octogenário sogro, pai de três filhos maravilhosos, e, claro, de minha namorada bom-despachense.
Apesar de não haver um show no Kimassa, encontramos no restaurante a família Cançado, com o pai Eriton e o filho Lucas, dois excepcionais violonistas.
Que fim de semana musical maravilhoso em Bom Despacho.
Os pontos fora da curva de Bom Despacho
Ponto fora da curva ou, em inglês, outliers, indica algum fenômeno que tem uma ocorrência acima da média em algum local.
Eu fico sempre impressionado com a quantidade de pessoas que fazem exercício físico nas ruas da cidade. Eu pertenço à CorreBom, grupo de corrida de ruas, com centenas de participantes, mas além da CorreBom, há outros grupos de corrida, fora as equipes de bikers, as academias, os caminhantes, entre tantos outros esportes. Até peteca, que em São Paulo é inexistente, e aqui é um esporte muito popular.
Outro ponto fora da curva é o número de ótimos músicos. Impressionante como há gente boa de música por estas plagas. Fora meus professores de música, o Leo Assunção e Boleka, os membros do Circuito dos Ranchos, com o Eriton e o Lucas já mencionados aqui, o Valtinho, irmão do Boleka, o Renner, o Ricardo Lacerda, o Lao, sempre com vergonha de tocar o violão, mas presente no cajón, entre tantos outros.
Ô, cidade boa!
Parabéns atrasado a todos os pais bom-despachenses!
(Portal iBOM / Alexandre Sanches Magalhães é empresário, consultor e professor de marketing, mestre e doutor pela USP e apaixonado por BD e SP / Fotos: Arquivo)