O encanto das festas de junho e julho
ROBERTA GONTIJO TEIXEIRA – Ai Junho e Julho, que delícia desses meses. Pena o tempo ir ficando tão seco sem a presença das chuvas. Para mim, é o único senão. O corpo e particularmente o nariz percebem a queda da umidade e a vegetação no entorno das estradas fica seca e meio amarelada. Perde o viço do verde lindo que tem em outros períodos.
Quando a gente era criança e pegava a estrada de ônibus com minha mãe para viajar, ela sempre nos apontava a janela e dizia: se a Faber Castell fizesse uma caixa de 36 lápis com a cor verde, não conseguiria colocar todos os tons que a gente vê na estrada. Então, sinto falta do verde da estrada nesse época. Vejo minha mãe em cada um dos tons.
Mas, voltando às delícias de junho e julho, o frio chega e, com ele, a temporada de caldos, que estão por todos os lados, na Panolli, no Fidelis, no Bar do Ernani, no Fabinho, nas quadrilhas. Sem contar os cobertores quentinhos, o leite com chocolate saindo fumaça e as festas juninas/julhinas com suas bandeirinhas coloridas, comidas típicas, fogueiras e barraquinhas. Viva São Pedro, Santo Antônio e São João.
E que possamos aderir a campanhas de agasalhos e a embates por um País melhor, para que essas deliciosas sensações não sejam privilégio de apenas alguns.
Família Coimbra
Depois que, para a minha sorte, a Denise Coimbra passou a ser minha vizinha de bairro, pude, através dela, conviver e conhecer um pouco mais de perto os Coimbra. Como sempre diz meu pai, família que tem a nata da intelectualidade de Bom Despacho, seja com seus conhecimentos culturais e políticos ou na expressiva contribuição musical com a cidade. Recentemente, Vinicius Coimbra, um dos caçulas da família, fez um compilado num CD das 10 músicas do avô, José Milagre Coimbra, o famoso “Maestro Coimbra”, uma delas de autoria de seu pai, Jair Coimbra. Ansiosa para adquirir e ouvir a preciosidade.
Nesta última semana, Dona Zininha, a matriarca da família, chegou, com louvor, aos seus 93 anos e viveu a tristeza de, na mesma semana, perder um de seus filhos, Maurílio Coimbra.
Assim a vida segue seu curso, para todos e cada um de nós, cheia de sabores, dissabores, produções e perdas. Que possamos, neste momento delicado, abraçar os Coimbra, desejar a eles o alívio das dores da perda e que a beleza de suas músicas possa lhes trazer um pouco de alento.
A Rose, do Café com Prosa
Um dos lugares bem gostosos de Bom Despacho é o Café com Prosa. O ambiente é agradável, a música é boa (pelo menos para os meus ouvidos) e o que é servido, sempre muito gostoso. Minha mãe adora ir até lá, para ver e adquirir as plantas, nunca sai sem um “vasinho” ou uma “mudinha” na mão. Dadá, minha filha, ama o capuccino e a crepioca e eu, me delicio com tudo, com as músicas, os sabores e o encontro com pessoas queridas, com quem esbarro quando por lá estou. O Café com Prosa completou, neste último sábado, 1 ano de existência. Um salve para a Rose que tão bem cuida de cada detalhe. Que permaneça nos acolhendo por muitos anos. Afinal, empreender não é tarefa fácil: impostos, logísticas, empregados, espaço adequado, produtos bons e a luta para permanecer no mercado. Acho importante prestigiarmos os bons lugares bom-despachenses, tanto para aquecermos a economia local, quanto para podermos ajudar a manter esses locais ativos, criando, assim, uma rede de encontro e apoio. Minha gratidão aos bons empreendedores bom-despachenses. (Portal iBOM / Roberta Gontijo Teixeira é bacharel em Direito, ambientalista e servidora pública federal / Foto ilustrativa)