Capitão Hudson: falta educação para o trânsito
O capitão Hudson Silva Oliveira, 58 anos, é comandante da 50ª Companhia de Policiamento da PMMG, que é responsável por Bom Despacho e Moema. Especialista em Gestão de Trânsito, Hudson fala nesta entrevista ao Jornal de Negócios sobre os problemas no trânsito em Bom Despacho e as medidas que a Polícia Militar adota. Na entrevista ele também responde a questões encaminhadas por leitores ao Jornal.
Além de comandar o policiamento, capitão Hudson é também presidente da JARI (Junta Administrativa de Recursos de Infrações) Municipal, órgão responsável pelo julgamento de recursos interpostos contra penalidades de trânsito aplicadas pelo município.
Recentemente, num prazo de 5 dias o SAMU atendeu três ocorrências de atropelamento em Bom Despacho. Não é muito? O que explica isso?
Este número não está fora da curva. Ele é compatível com a frota atual de veículos da cidade, a mobilidade urbana e a acessibilidade em Bom Despacho. Infelizmente, a acessibilidade em nossa cidade é deficitária. Em muitos pontos o pedestre encontra dificuldade para se locomover. Passeios com desníveis, elevações, buracos e degraus muitas vezes obrigam o pedestre a andar na rua, expondo-se a riscos maiores. Cadeirantes, principalmente, encontram muita dificuldade.
Mas eu diria que esse número de atropelamentos é um sinal de alerta para o problema.
Nesse cenário, quem tem culpa? O motorista? O pedestre?
No trânsito, a responsabilidade é compartilhada entre motorista e pedestre. Há motoristas e motociclistas que trafegam em velocidade incompatível. Muitos pedestres também são descuidados. Entram na faixa sem parar, sem olhar para o lado. Atravessam a faixa mexendo no celular. Andam como se estivessem numa passarela. Em situações assim o risco de atropelamento é grande.
Esse tipo de comportamento numa cidade grande como Belo Horizonte, por exemplo, teria resultado trágico. É importante lembrar que num acidente envolvendo pedestre e veículo, o pedestre sai perdendo sempre, independente de quem seja a culpa.
Hoje, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Bom Despacho tem uma frota de 35.000 veículos, entre carros de passeio, motos e caminhões. O que fazer para diminuir os riscos?
A dica é respeitar as normas, observar a sinalização de trânsito e ter prudência. No caso do motorista, andar em velocidade compatível com a via. No caso do pedestre, atravessar a via pública com atenção e celeridade, sempre na faixa onde ela existir. Acidentes são provocados pela falta de um ou mais desses cuidados.
Sugiro que a autoridade de trânsito, no caso o município, faça campanhas educativas para conscientizar motoristas e pedestres. Acho também que a sinalização de trânsito precisa ser revitalizada na cidade.
Alguns leitores enviam mensagens ao Jornal pedindo providências das autoridades para determinadas situações na cidade. Vamos citar as mais comuns e o senhor esclarece sobre a ação da Polícia, ok? Começamos pelas motos com escapamento aberto.
A Polícia Militar está fazendo operações e removendo motos em situação irregular de acordo com a lei. Colocamos inclusive uma equipe específica de policiais em motos para combater esses delitos.
Carros rodando com som em alto volume, inclusive na madrugada?
O simples fato do som estar audível do lado externo do veículo já é uma infração. É o que estipula a Resolução 624 do Contran. Temos feito de 30 a 40 multas por mês em Bom Despacho por causa de som alto em veículos.
Bicicletas andando no passeio?
É proibido andar de bike no passeio. Bike tem que usar a via pública no mesmo sentido do trânsito de veículos. Na verdade, falta educação para o trânsito até nas Escolas. Se um ciclista atropelar alguém no passeio ele vai ser responsabilizado e responderá por lesão corporal.
Animal de grande porte solto na via pública?
A primeira providência é acionar a Prefeitura para recolher o animal. Se o proprietário for identificado a Polícia Militar lavra um BO por omissão na guarda e cautela do animal. É importante lembrar também que o proprietário responde civil e criminalmente por acidentes provocados por seu animal.
Andar a cavalo no passeio?
Passeio é lugar de pedestre. Em qualquer situação onde a pessoa sentir-se em risco ou ameaçada por animais soltos ou andando no passeio, montados ou não, ela deve ligar para o telefone 190 e acionar a PM. O mesmo vale para bicicletas trafegando no passeio trazendo risco de atropelar pedestres (iBOM / Foto: iBOM).
SAIBA MAIS
O que diz o Código Brasileiro de Trânsito
Travessia da faixa (Art. 69, III, b)
Uma vez iniciada a travessia de uma pista, os pedestres não deverão aumentar o seu percurso, demorar-se ou parar sobre ela sem necessidade.
Diferença entre Parar e Estacionar (Anexo I – Dos Conceitos e Definições)
PARADA – imobilização do veículo com a finalidade e pelo tempo estritamente necessário para efetuar embarque ou desembarque de passageiros.
ESTACIONAMENTO – imobilização de veículos por tempo superior ao necessário para embarque ou desembarque de passageiros.
O serviço de recapeamento ficou muito bom, esqueceram de pintar as faixas de pedestres e os quebra molas..
Eu devia estar aqui agora.,
Nesta cidade onde a guerra…
A reserva de energia esgotou-se quase toda,
A que Deus me deu.
Tenho de salvar as crianças.,
Minas e mísseis nazistas,
Para que possam continuar a crescer,
Onde o mal não existe.
Tenho medo de estar na mira do inimigo.,
Lembro-me da minha família…
E eu me repreendo por ser fraca,
E torna-se mais difícil para mim.
Mas ao peito pressionando a cruz,
Nas costas senti um estrondo,
Há sempre esperança,
Deus lhe dará forças.
Estou perto do meu objetivo.,
Que eu esteja fraca agora,
Eu rezo dizendo a mim mesmo: acredite!
A hora da vitória virá
Proteger o nosso país-proteger os nossos filhos – o nosso futuro