As grandes mudanças na Educação de BD

O ano letivo de 2022 inaugurou uma série de mudanças na educação do município. “São os primeiros passos de grandes transformações na educação de Bom Despacho”, afirmou ao Jornal de Negócios o subsecretário municipal de Educação, Márcio Antônio da Silva, 46 anos. Graduado em Química e Pedagogia, especialista em Ensino, mestre e doutorando em Educação, Márcio se emociona ao falar.

Segundo ele, o trabalho começou em janeiro de 2021, “quando o prefeito Bertolino reuniu-se com a equipe da Secretaria e disse querer mudanças de impacto na Educação municipal já a partir de 2021. A partir daí a equipe começou a trabalhar na elaboração do novo currículo que veio a ser implantado este ano”.

Márcio explica que uma das primeiras medidas da Secretaria foi entrar em contato com cidades que naquele momento tinham índices no IDEB melhores que Bom Despacho. O IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), criado em 2007, mede a qualidade do aprendizado nacional e estabelece metas para a melhoria do ensino.

Em janeiro de 2021 o IDEB de Bom Despacho era de 6,4 – um valor mediano. “Conhecemos experiências e soluções bem sucedidas em outros locais, estudamos muito e começamos a trabalhar. Nossa meta é crescer e chegar a 9,0 nos próximos anos. Na verdade, estamos construindo agora a base para atingir esse índice no futuro”.

A avaliação do IDEB é feita nos anos ímpares e publicada nos anos pares. De forma geral, especialistas acreditam que este ano o índice deve cair em todo o país devido à suspensão das aulas presenciais por causa da pandemia.

Aulas de Inglês

A rede municipal de ensino de Bom Despacho recebe hoje cerca de 4 mil alunos de 0 a 14 anos de idade. Este número inclui a Escola Virgílio Antônio da Silva, do Mato Seco.

Com as mudanças iniciadas em 2021, todos os alunos entre 6 e 10 anos de idade agora têm aulas de Inglês – “habilidade cada vez mais indispensável no mundo atual para estudos, viagens, negócios e comunicação” – e Educação Financeira, “para aprender planejamento financeiro e ter consciência da importância de saber lidar com o dinheiro”, explica o subsecretário. Além disso, recebem também aulas de Diversidade Cultural para conhecer elementos da cultural local e brasileira.

A carga horária de Educação Física dobrou em todas as Escolas para “combater o sedentarismo, estimular relações socioemocionais e o interesse pelo esporte”.

Professores de apoio

O número de Professores de Apoio subiu de 7 em 2020 para 40 este ano. Professor de apoio é o profissional contratado para orientar e ajudar crianças com deficiência na aprendizagem, garantindo que ela acompanhe a turma da qual faz parte. “É importante destacar que o professor de apoio não é cuidador da criança. Seu papel é ajudar o professor da turma e promover a inclusão do aluno que tem algum tipo de deficiência”, ressaltou Márcio.

Nesse esforço pela inclusão, o município também contratou 5 assistentes sociais para as Escolas. A tarefa desses profissionais é identificar e ajudar a solucionar problemas familiares e sociais que interferem no desempenho escolar da criança.

Projeto Literar incentiva a leitura

O projeto fornece gratuitamente livros de literatura para os alunos visando estimular a escrita e a leitura entre os estudantes da rede municipal. Este ano, parte dos livros comprados pela Secretaria de Educação é de autores bom-despachenses.

Letrar e Alfabetizar recuperam alunos com deficiência

Esses projetos atendem alunos de 4 a 5 anos (Letrar) e 6 a 10 anos (Alfabetizar). O objetivo de ambos é recuperar crianças com problemas de aprendizagem e dificuldades de ler e escrever que estejam atrasadas em relação aos colegas. Os alunos com essas dificuldades recebem atendimento individualizado por professores alfabetizadores, num sistema de recuperação diária e contínua até eliminar o atraso. (iBOM / Foto: o subsecretário municipal da Educação, Márcio Antônio da Silva / iBOM)

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