Minha expectativa para 2022 é muito positiva
Ao completar o primeiro ano de mandato, o prefeito Bertolino da Costa deu entrevista exclusiva ao Jornal de Negócios. Nela, o prefeito fala das dificuldades encontradas, dos projetos em andamento e dos planos para o futuro.
Você entrou no segundo ano de mandato. O que os bom-despachenses podem esperar da sua gestão?
Estamos trabalhando em vários projetos de infraestrutura para a cidade. São projetos para estimular o desenvolvimento, atrair investimentos, gerar empregos e melhorar a qualidade de vida em Bom Despacho.
Quais são esses projetos?
Há muitos. Entre eles destaco anel rodoviário, duplicação e iluminação da entrada da cidade da BR 262 até a Rua do Rosário, extensão da avenida Dr. Juca, implantação de uma usina fotovoltaica do município e iluminação pública de LED em toda a cidade e nos povoados rurais.
O anel rodoviário é uma obra buscada há anos. Agora sai?
O projeto do anel rodoviário será entregue agora no final de janeiro, com o orçamento da obra e tudo mais. Ele vai ligar a rodovia MG-164 à BR 262, passando perto da Garça. Seu custo está estimado em R$ 32 milhões.
O trajeto é o mesmo que vinha sendo planejado na gestão anterior?
O anel começará do lado da fábrica nova do Fubá Rocinha, na BR 262, e sairá perto da fábrica de rações da Cooperbom, na MG-164. Fizemos algumas alterações no trajeto para diminuir a extensão da obra e aproveitar mais trechos de estradas municipais já existentes. Esses trechos serão melhorados, alargados e asfaltados. Com isso também evitaremos conflitos com proprietários rurais.
De onde virão os recursos para a construção do anel rodoviário?
Temos um crédito pré-aprovado de R$ 44 milhões no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para investir em infraestrutura urbana. Além disso, o município dispõe de recursos próprios para executar obras.
O Anel Rodoviário traz desenvolvimento para Bom Despacho e melhoria da qualidade de vida na cidade. Ele cria um novo vetor de crescimento que atrai empresas para cá devido à boa logística de Bom Despacho. Empresas geram emprego e desenvolvimento. Ao mesmo tempo, o Anel tira tráfego de veículos pesados de dentro da cidade, aumentando a segurança no trânsito e diminuindo gastos com manutenção de vias públicas. O dinheiro economizado poderá ser empregado em outros serviços e obras na cidade.
Como Bom Despacho obteve esse crédito pré-aprovado no BNDES?
Estamos buscando esse crédito desde o ano passado. Com apoio do economista e consultor Paulo Rabello de Castro, que já foi presidente do BNDES e do IBGE, apresentamos ao banco um dossiê com dados socioeconômicos de Bom Despacho. Entre outros, os números mostram a organização das contas públicas do município, transparência administrativa e projetos estruturais em andamento. Esses dados comprovam que o município tem gestão fiscal responsável, trabalha com planejamento orçamentário e cumpre a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Depois de analisar os números, e considerar nossa capacidade de pagamento, os técnicos do BNDES definiram essa linha de crédito pré-aprovada no valor de R$ 44 milhões para infraestrutura urbana.
Essa sinalização antecipada do BNDES é muito promissora. Mostra que a operação de crédito para investirmos em infraestrutura é plenamente viável e não vai comprometer a saúde financeira do município. São financiamentos com até 8 anos de prazo e dois anos de carência para pagamento. As taxas são muito pequenas. É dinheiro público para investimento em infraestrutura, projetos de desenvolvimento e melhorias para o cidadão.
Esses recursos serão utilizados também para duplicar o acesso à 262?
Sim. Duplicar e iluminar o acesso da cidade à BR 262 pela Rua do Rosário também abre novos vetores de desenvolvimento. Facilita o acesso à 262, aumenta a segurança dos usuários e dá mais fluidez ao tráfego numa parte da cidade que está crescendo muito. Milhares de pessoas passam por esse trecho todos os dias para trabalhar, estudar e outros destinos.
E a iluminação pública da cidade: será realmente trocada por LED?
Atualmente, de cada 10 lâmpadas de iluminação pública na cidade, quatro são de LED. Até o final deste ano a Prefeitura vai trocar toda a iluminação pública de Bom Despacho por LED. Toda mesmo, incluindo os povoados rurais e o distrito do Engenho do Ribeiro. Iluminação de LED é muito mais eficiente, gasta menos recursos públicos, dá mais conforto e aumenta a segurança pública. Onde tem iluminação de LED há diminuição de até 50% nos índices de criminalidade.
Você disse há pouco que um dos seus projetos é montar uma usina fotovoltaica. É uma obra de custo elevado. Há recursos para isso?
Estamos avaliando a possibilidade de montar uma usina fotovoltaica do município para atender ao consumo de energia elétrica dos órgãos e repartições municipais, escolas, unidades de saúde e iluminação pública. A previsão inicial é investir R$ 15 milhões na montagem dessa usina, mas ela vai reduzir imensamente a despesa do município com a Cemig. Assim que o investimento na usina for pago será possível reduzir inclusive o valor da CIP pago hoje pelos contribuintes.
Para fazer essas obras o município depende de recursos próprios e de financiamento do BNDES. Mas a contratação do financiamento precisa ser aprovada pela Câmara Municipal…
O município tem capacidade de pagamento e crédito pré-aprovado no BNDES como poucas cidades do porte de Bom Despacho conseguem. Além disso, todos esses projetos são de interesse público e vão gerar empregos e desenvolvimento para a cidade.
Portanto, tenho certeza que a Câmara não vai faltar com o povo de Bom Despacho. Obvio, cabe aos vereadores analisar e aprovar. Mas confio na capacidade de julgamento deles e no compromisso de todos com o bem estar da população
E a Casa de Cultura? No início do mandato você afirmou que ela seria montada no antigo Clube Bom Despacho após a Secretaria da Saúde desocupar o local…
Realmente, nosso projeto era montar a Casa de Cultura no prédio do antigo Clube Bom Despacho. Mas isso pode mudar. Estamos avaliando outras alternativas diante da possibilidade de outros espaços que estarão disponíveis. Essa questão será decidida ainda este ano.
Outra obra anunciada foi o Parque Mata do Batalhão. Como está seu andamento?
A implantação do Parque Mata do Batalhão está na fase de consulta pública. Isso é uma exigência legal. O município já fez também um levantamento da fauna e flora da mata. A próxima etapa do trabalho é a construção de trilhas e da infraestrutura no local. Nossa previsão é instalar o parque no primeiro semestre deste ano.
O município também está relicitando o cercamento da área, porque a empresa que ganhou a licitação anterior abriu mão e não realizou a obra.
A pandemia trouxe muitas dificuldades sociais e econômicas. Isso impactou a capacidade financeira do município?
Em 2021 não faltou dinheiro. Fizemos gestão eficiente dos recursos. Além disso, tivemos muito apoio de deputados que encaminharam emendas destinando recursos para Bom Despacho. Outro aspecto fundamental foi a pontualidade dos repasses do governo do Estado.
O Governo Zema manteve os repasses rigorosamente em dia e ainda continuou pagando os atrasados deixados pelo governo anterior. Agora no início de 2022 o Governo de Minas acaba de pagar a dívida do Fundeb no valor de R$ 14 milhões. Em dezembro 2021 iniciou o pagamento de atrasados da Saúde, no valor de 16 milhões.
Por sua vez, o Governo Federal repassou tudo que foi necessário e ainda pagou um auxílio emergencial para usar em ações de recuperação pós-pandemia. Foram mais de 3 milhões. Tudo isso nos ajudou a atravessar esse período difícil causado pela pandemia.
E qual é sua expectativa para 2022?
Minha expectativa para 2022 é muito positiva. Gestão eficiente, recuperação da economia, continuidade dos repasses federais e estaduais, tudo isso é fundamental para melhorar os resultados da administração municipal. E continuaremos nossos contatos políticos buscando destinação de mais recursos para Bom Despacho através de emendas parlamentares.
Um dos problemas recorrentes em Bom Despacho é o lixão. Há soluções à vista?
Sim. O município já contratou uma empresa para revitalizar a área do atual lixão. O trabalho a ser feito no local engloba montar sistema de drenagem de chorume para eliminar a contaminação do solo, e de gases para evitar riscos de explosão e incêndio. Além disso a empresa fará a compactação do material, montagem de taludes e gramação de toda a área. Nossa expectativa é que dentro de 3 anos a área do lixão seja transformada num mirante.
Este ano a Prefeitura vai iniciar ampla campanha na cidade para que as pessoas participem da coleta seletiva visando diminuir o lixo. Ter a participação das pessoas é fundamental para o resultado que todos queremos.
Em 2021 cedemos um caminhão novo para a Reciclabom coletar e transportar materiais recicláveis. De janeiro a novembro a cooperativa reciclou mais de 156 toneladas de materiais.
Implantamos também a reciclagem de vidros. Em um mês foram retiradas mais de 10 toneladas de vidros. Beneficia o meio ambiente e gera mais emprego e renda para os catadores.
Este ano também vamos instalar novas lixeiras seletivas na cidade.
E quanto à destinação do lixo?
Por enquanto, o lixo normal continuará sendo levado para o aterro. Restos de construção, madeira e poda de árvores serão reaproveitados, gerando mais empregos. O município vai contratar uma empresa para realizar esse trabalho ainda no primeiro semestre deste ano.
Como ficou a questão da municipalização proposta pelo projeto Mãos Dadas, que rendeu muitas discussões na cidade?
Por falta de votação da Câmara Municipal, Bom Despacho perdeu um repasse de R$ 8 milhões para investimentos na educação. Esse recurso nos permitiria construir 54 salas de aula para implantar jornada integral em todas as escolas de ensino fundamental de Bom Despacho. Se a Câmara tivesse votado e aprovado o projeto, em pouco tempo os alunos das cinco escolas municipais com ensino fundamental ficariam na Escola das 7h às 17h30. É mais tempo na Escola recebendo educação, alimentação e cuidados de profissionais, enquanto os pais ficam liberados para trabalhar.
Além disso, parte desses R$ 8 milhões seriam utilizados para comprar material didático e equipamentos para as escolas.
Críticos do projeto afirmam que as cidades da região não quiseram aderir ao Mãos Dadas…
Não é verdade. De 11 cidades da região que tinham escola para municipalizar, 9 aderiram à proposta do Estado e já receberam os recursos. Moema, por exemplo, recebeu 5 milhões. Santo Antônio do Monte recebeu 6,5 milhões.
Enquanto isso, Bom Despacho, que poderia ter recebido 8 milhões, ficou sem nada porque a Câmara não votou o projeto em 2021.
Ainda é possível reverter essa situação se o projeto for votado pela Câmara este ano?
Agora dependemos do Estado manter a proposta do Mãos Dadas este ano. Se mantiver, esperamos que a Câmara coloque o projeto em votação e o aprove pensando nas milhares de crianças que serão beneficiadas em Bom Despacho. Que pense nas crianças, não no interesse de pequenos grupos.
Os casos de internação por Covid diminuiram nos últimos tempos. Você está otimista?
Sim. As internações pela Covid caíram nos últimos meses. Estou feliz principalmente porque não têm ocorrido mais mortes pela doença em Bom Despacho. Para isso foi essencial o esforço e a colaboração das equipes de saúde, em todos os níveis.
Mas é importante manter o cuidado. Não deixar de vacinar, evitar aglomerações, usar máscaras. E manter distanciamento se tiver sintomas gripais. A nova variante Omicron é motivo de preocupação para todos.
O que muda na Saúde com o recuo da pandemia e a posse da nova secretária Tamara Bicalho?
Retomamos as cirurgias eletivas, exames e atendimentos especializados. Além disso estamos reestruturando a atenção básica de saúde, investindo em treinamento das equipes, monitoramento e acompanhamento de pacientes. A ideia é que o cidadão receba mais atenção nas UBS. Lá, a grande maioria dos problemas de saúde pode ser resolvida. Estamos buscando fazer mais medicina preventiva.
E o Cartão Social, anunciado no final do ano passado, quando começa a ser entregue às famílias carentes? Quem terá direito a ele?
Enviamos o projeto do Cartão Social para a Câmara no dia 25 de novembro. Agora depende dos vereadores aprovarem.
Atualmente, cerca de 400 famílias cadastradas recebem mensalmente cesta básica e outros benefícios eventuais da Prefeitura.
Com o Cartão Social essas famílias poderão comprar os itens da cesta onde quiserem e escolhendo o que mais precisam. Terão mais dignidade.
As fortes chuvas de janeiro provocaram grandes estragos na malha viária da cidade, além de desmoronamentos, erosão e alagamentos em diversos pontos de Bom Despacho. Que ações a população pode esperar do Executivo para enfrentar esses problemas?
Estamos preparando um plano de ação para recuperar os estragos da chuva. No primeiro momento, equipes da Prefeitura estão trabalhando diuturnamente, junto com Bombeiros, Defesa Civil e Polícia Militar, implementando medidas paliativas para socorrer pessoas afetadas, preservar a vida e evitar danos maiores. Com a estiagem vamos iniciar um grande mutirão para recuperar toda a cidade dos estragos feitos pelas tempestades, que são muitos, especialmente em ruas e avenidas.
Qual será o prazo necessário para essa recuperação?
Isso está sendo avaliado. Ainda não é possível fixar prazo. Os estragos foram muito grandes e estão sendo avaliados pelas equipes da Prefeitura. As vias públicas foram muito danificadas. E o trabalho de recuperação por enquanto depende também de massa asfáltica que é fornecida por empresas particulares.
Por enquanto por quê? A Prefeitura pretende montar uma usina de asfalto?
Vamos licitar a compra de uma mini usina móvel de asfalto para o município. Ela é montada em cima de um caminhão e vem acompanhada de patrol, pá carregadeira e rolo compactador. Essa mini usina agiliza as operações tapa buraco. Será muito útil para complementar a manutenção de ruas e avenidas.
Um dos projetos mais ousados da sua gestão é a construção da adutora de água do São Francisco para o Rio Picão. Em que pé está o projeto?
O Sebrae pagou a realização do Zoneamento Ambiental Produtivos (ZAP) e o Termo de Referência para contratar a elaboração dos projetos da adutora de água do São Francisco para o Rio Picão. Essa obra está orçada em R$ 120 milhões. Feito o projeto vem a etapa de licenciamento ambiental.
Estamos vendo com a Universidade Federal de Viçosa (UFV) a possibilidade dela fazer os projetos, aproveitando que já existe um convênio do município com aquela instituição. Se a UFV não fizer, a Prefeitura contratará uma empresa especializada para elaborar os projetos. Nossa expectativa é que o projeto estrutural fique pronto este ano.
Quem está gerenciando o projeto é o engenheiro e administrador Jacques Gontijo. Ele foi nomeado por decreto e faz trabalho voluntário. Seu papel é coordenar, acompanhar e definir etapas para construção da adutora.
A Prefeitura anunciou que 4 mil famílias teriam isenção de IPTU em Bom Despacho. Essa isenção será a partir deste ano?
Infelizmente, não. Como o projeto da nova planta genérica de valores alterando a tributação do IPTU não foi votado pela Câmara, a isenção não pode ser aplicada no IPTU deste ano.
Nossa expectativa é que os vereadores aprovem o projeto em 2022 para valer a partir de 2023. Isso vai beneficiar quase 4 mil famílias, corrigir distorções históricas do IPTU em Bom Despacho e fazer justiça social.
Este ano também enviaremos para a Câmara o novo Plano Diretor de Bom Despacho, que será elaborado pela Universidade Federal de Viçosa. O plano será discutido com a sociedade e submetido à apreciação dos vereadores. Espero que seja aprovado este ano. Plano Diretor é fundamental para organizar e orientar o desenvolvimento da cidade.
Ser prefeito, especialmente numa época como a atual, mudou muito a sua vida?
Sim, muito. Restringi minha atividade como médico. É uma rotina muito pesada. Quando você tem interesse realmente de fazer as coisas, de realizar seus ideais, a rotina de prefeito torna-se muito pesada. Mas minha disposição não mudou. Continuo disposto a realizar o que me propus. As dificuldades são muito grandes, mas a cada conquista essa disposição se renova.
Desafios e decepções?
Vida pública exige alto grau de renúncia e disposição para ouvir. Em democracia não se pode impor nada. Temos de conviver com o contraditório. Tudo é conversado. A grande dificuldade é quando o contraditório não é embasado na transparência e no interesse da maioria da população, mas em questões pessoais e eleitoreiras.
Você não poderá disputar a eleição para prefeito em 2024. O que pretende fazer depois?
Na verdade, eu sou é médico. Estou prefeito. Sempre encarei política como instrumento para fazer o bem, para colocar em prática os ideais de justiça social que você cultiva na sua vida. Não encaro como profissão.
Alguma chance de sair candidato a deputado este ano?
Com todos esses projetos em andamento na Prefeitura, minha intenção é conclui-los. Em que pese confiar plenamente na competência da minha vice-prefeita Juliana e da nossa equipe, hoje não vislumbro essa perspectiva (iBOM) / Foto: Arquivo.
Talvez o IBOM possa discorrer sobre algumas coisas importantes para nossa região, ouvido o Prefeito.
BR 262 – A prometida duplicação não avançou e a Triunfo-Concebra, ao que parece, tenta devolver a via ao Governo Federal; foram rápidos só para instalar praças de pedágio e iniciarcobranças. Já descumpriram diversas etapas previstas, receberam penalidades e segundo ouvi da Ouvidoria e da ANTT a questão foi judicializada. Até onde entendi formouse um imbroglio porque querem financiamento com juros subsidiados para investir na estrada.
URPV – As Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes (URPV) são áreas licenciadas pelo município de BH para receber RDC (Resíduos de Demolição e Construção). Não recebem lixo. Foram adotadas para reduzir o descarte irregular feito por caminhões e carroças. O material descartado na URPV é retirado para a usina de processamento e o material utilizado para bases de vias, encascalhamento, já que há restrições para reaproveitamento em edificações. Talvez seja momento de fazer algo parecido em Bom Despacho, casa haja áreas disponíveis que possam ser licenciadas para tal.
COPASA – Já perguntei algumas coisas à COPASA, via RI (Relação com Investidores), mas eles falam pouco. O programa de investimentos prevê 1.395 bi (2022), 1.410 bi (2023), 1.600 bi (2024), 1.600 bi (2025) e 1.410 bi (2026) no Estado. Percebo que vem crescendo em MG as reclamações contras os serviços prestados, as queixas sobre a Companhia “dormir” sobre a concessão sem realizar investimentos, os procedimentos rescisórios e a judicialização em várias cidades, como Bom Despacho, Nova Serrana, Pouso Alegre, Divinópolis, Pará de Minas, Barbacena, Pouso Alegre, Alpinópolis, Paracatu, Patos de Minas. Muitas cidades pensando em operar SAE (Serviço de Água e Esgoto) ou celebrar PPP total ou parcial (a AEGEA já é lider no setor privado de saneamento no país, tendo como investidores o Grupo Equipav, o Fundo Soberano de Investimentos de Cingapura e a Holding Itaúsa, controladora do Itaú). Copasa terá que cuidar disso ou perderá os clientes e investidores; SANEPAR (SAPR3, SAPR4 e SAPR11) é outra empresa de saneamento, queridinha, com problemas de gestão. No 4T2021 os resultados da COPASA, CSMG3 na B3, foram negativamente impactados por devolução de valores cobrados indevidamente na RMBH (fruto das tais leituras por estimativa) e a “cuíca roncou”. A cotação hoje é a 2ª mais baixa em 5 anos. Qual será o futura da COPASA em BD e das estatais de saneamento Brasil afora?