Tragédia em Abaeté: bebê morre afogado em balde

Um bebê de 1 ano de idade morreu afogado dentro de um balde de água na tarde de ontem, quarta-feira (10), na cidade de Abaeté. Segundo informações passadas pela Polícia Militar, o bebê estava com a tia, que cuidava dele e de outras seis crianças, entre filhos e sobrinhos.

Eles estavam no quintal da residência quando a tia entrou na casa. Ao dar falta do bebê, ela foi procura-lo e o encontrou caído dentro do balde, com as perninhas para cima, já sem sinais de vida.

A mulher pegou a criança, pediu socorro e a levou às pressas para a Unidade de Pronto Atendimento de Abaeté. Segundo o médico plantonista da UPA, a criança deu entrada na unidade já sem vida. Ela apresentava sinais de afogamento e não tinha nenhuma marca de violência.

A equipe da UPA ainda fez várias tentativas para reanimar o bebê, mas ele não se recuperou e foi declarado morto.

 

Crianças se afogam rápida e silenciosamente, diz médica

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) afirma que afogamento está entre as principais causas de mortes acidentais de crianças no Brasil. Nesses casos se incluem os acidentes domésticos como ocorreu em Abaeté.

Reportagem publicada no site da SBP traz alerta da médica Tânia Maria Russo Zamataro, do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente daquela Sociedade. Na matéria, a médica explica que cabeça e membros superiores são as partes mais pesadas do corpo das crianças pequenas. Esta é a razão pela qual crianças se desequilibram facilmente ao se inclinar para a frente.

“Isso faz com que pequenas quantidades de água em baldes, bacias, banheira, vasos sanitários, sejam suficientes para ocorrer um afogamento”, diz a especialista. Tânia lembra também que as crianças não têm maturidade suficiente para enfrentar situação de emergência como essa.

Ainda segundo a médica, “crianças se afogam rápida e silenciosamente. Elas podem perder a consciência em dois minutos, os danos cerebrais ocorrem após cinco minutos e uma criança pode se afogar em cinco ou oito centímetros de água num período de apenas 30 segundos”.

Prevenção

O Departamento de Segurança da SBP listou as principais coisas que pais e responsáveis devem ficar atentos quando se tem criança pequena em casa:

– Não deixe o bebê ou criança sozinha na banheira, piscina ou qualquer reservatório de água nem por um instante. Eles devem estar a, no máximo, um braço de distância.

– Não deixe baldes, bacias ou outros recipientes com água ao alcance de crianças menores de 5 anos. Piscinas portáteis devem ser esvaziadas e desmontadas após o uso.

– Não deixe atrativos, como brinquedos, próximos ou em reservatórios ou recipientes de água.

– Mantenha tampas de vasos sanitários sempre abaixadas, de preferência com travas específicas.

No texto da SBP, a médica Tânia Zamataro lembra que, mesmo o afogamento não levando à morte da criança, “grande parte dos sobreviventes apresenta sequelas neurológicas graves e irreversíveis”. Portanto, a melhor estratégia é prevenir para evitar acidentes.

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