Bertolino: que Bom Despacho seja terra de oportunidades
O médico Bertolino da Costa Neto, 54 anos, foi reeleito para novo mandato como prefeito de Bom Despacho com 10.389 votos. Bertolino é bom-despachense, filho de Francisco da Costa Araújo, já falecido, e de Ângela Maria Cardoso Costa. É casado com Karinne Aguiar e tem um filho: Francisco da Costa Araújo Neto.
Bertinho, como é conhecido, já foi vereador por um mandato na Câmara Municipal e secretário de Saúde por 10 meses do governo Geraldo Simão. Eleito vice-prefeito em 2016, em abril deste ano assumiu a chefia do Executivo após o então prefeito Fernando Cabral renunciar para tratamento de saúde.
Na semana seguinte à eleição, Bertolino concedeu uma longa entrevista ao editor do Jornal de Negócios, Alexandre Borges. Nela, o prefeito fala de política, da preocupação em implementar ações para alavancar o desenvolvimento de Bom Despacho, diz o que planeja para a nova gestão e confirma a mudança da sua equipe de governo. Falou também das obras em andamento e dos desafios da nova gestão.
Veja a seguir.
Você foi eleito mas sua coligação não formou maioria na Câmara. Como será a relação com o Legislativo?
Já estamos conversando com os vereadores eleitos. São pessoas de bem que desejam dar o melhor de si por Bom Despacho. Agora é o momento de unir Executivo e Legislativo em prol do nosso desenvolvimento. A nova Câmara saberá responder aos desafios e deixar de lado disputas partidárias e eleitorais.
Pretendo fazer uma gestão participativa com os vereadores que se preocupam com o desenvolvimento da nossa cidade. Discutir com a Câmara os projetos de governo, ouvir os vereadores. Tenho certeza de que poderemos formar alianças para o bem da nossa cidade. Claro, sempre respeitando a independência e as atribuições do Legislativo.
E com o ex-prefeito e vereador eleito Fernando Cabral?
Primeiro, é preciso reafirmar que o Fernando foi excelente gestor. De 2013 para cá Bom Despacho deu um grande salto. Isso é inegável. Ele deixou a Prefeitura organizada, sem dívidas, com muitas conquistas e grandes desafios pela frente.
Eu tive o privilégio de ser vice de um prefeito que mudou a história da nossa cidade. Aprendi muito com Fernando Cabral e o tenho na condição de amigo.
Em 2021 começa uma nova gestão, a gestão Bertolino e Juliana. Cabral estará na Câmara, onde, tenho certeza, exercerá com muita dignidade o papel de fiscalizar e legislar. Será também um grande parceiro do Executivo por sua experiência, seu conhecimento e sua competência.
Desde que assumiu a Prefeitura, em abril, você manteve a mesma equipe que lá estava. Haverá mudanças na nova gestão?
Eu assumi o governo num momento conturbado, que foi o início da pandemia de Covid-19. Os desafios eram grandes e havia muito o que fazer. Não faria sentido mudar o secretariado a poucos meses do final do mandato. Primeiro, porque é uma equipe excelente e dedicada. Segundo, porque são pessoas experientes, que conhecem a administração. Manter a equipe foi decisão acertada.
Mas e neste novo mandato que começa em janeiro?
Sim, haverá mudanças. Isso é natural. Agora formarei minha equipe. Haverá mudanças inclusive na estrutura administrativa. Teremos pessoas novas envolvidas com o projeto maior que é o desenvolvimento da cidade.
Para isso estou analisando nomes de confiança, da minha relação pessoal, que tenham o perfil que pretendo implementar na administração. Serão pessoas com formação compatível, eficientes, de conduta ilibada e que comungam dos mesmos ideais.
Queremos manter as muitas conquistas dos últimos anos, mas avançar ainda mais.
No período eleitoral, as obras feitas pela Prefeitura, em especial asfaltamento de ruas, foram alvos de opositores. Segundo eles, as obras durariam até a véspera da eleição e depois seriam interrompidas. Foram?
Não. Não foram interrompidas. As obras continuam normalmente. Nosso projeto é recuperar toda a infraestrutura viária de Bom Despacho até o próximo ano. Asfalto é questão de conforto, de qualidade de vida para os moradores.
Aliás, eu já disse em entrevista anterior que esta gestão minha e do Fernando Cabral foi a que mais asfaltou ruas em Bom Despacho. Fizemos isso durante os quatro anos do mandato. Buscamos muitos recursos para aplicar na melhoria urbana. E continuarei buscando mais na nova gestão. O asfaltamento e a melhoria urbana foram e continuam sendo compromissos nossos.
E o problema ocorrido na Rua Corinto, na Cidade Nova, onde o asfalto novo foi parcialmente destruído pela chuva?
Aquilo me deixou contrariado. A primeira medida da Prefeitura foi bloquear pagamentos para a empresa responsável pela obra. Não aceito isso. Já determinei realização de auditoria para apurar as falhas. Empresa que não cumprir as normas e fizer serviço mal feito será penalizada. No caso da Rua Corinto, a construtora terá que resolver o problema ou não receberá o pagamento e ainda será inabilitada pela Prefeitura.
Você já considerou a possibilidade de sair candidato a deputado estadual. Pensa deixar a Prefeitura em 2022 para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa?
Não. Absolutamente não. Não serei candidato. Minha preocupação e meu compromisso é administrar Bom Despacho nos próximos quatro anos. Fui eleito para cuidar da nossa cidade e é a isso que vou me dedicar. Portanto, não serei candidato a deputado ou qualquer outro cargo em 2022.
Por ter assumido o cargo de prefeito neste mandato, você não poderá ser candidato à reeleição em 2024. Como isso vai influenciar sua gestão?
Acho que isso me obriga a apresentar bons resultados em 4 anos. Por isso vamos trabalhar muito pelo desenvolvimento da cidade. O resultado desse esforço, sendo bom, será referência para nomes do nosso grupo político que queiram me suceder.
Meses atrás a Prefeitura anunciou que pretende reabrir o parque esportivo do antigo Sesc para a comunidade. Isso será feito?
Primeiro, é importante dizer que a Prefeitura assumiu o antigo Sesc para que a cidade não perdesse aquela área. O próprio Sesc decidiu fechar o local devido ao custo de manutenção.
Parte do problema se resolve com a transferência de Prefeitura, Bombeiros, SAMU e outros serviços para o local. É o que estamos fazendo.
Queremos sim reabrir a área de lazer para que a comunidade possa usufruir do que lá existe. Para isso estamos procurando meios de viabilizar a manutenção do local e garantir serviços de qualidade. A questão não comporta demagogia e exige muita responsabilidade, porque o custo é altíssimo. Uma das opções é terceirizar a estrutura. Já existe um grupo interessado em assumir a hotelaria.
Quando a sede da Prefeitura será levada para o antigo Sesc?
Acredito que mudaremos em janeiro. No momento estão sendo executadas pequenas reformas, instalação de cabeamentos de energia e dados no local.
Assim que a Prefeitura desocupar o prédio da Praça Irmã Albuquerque, a Secretaria de Saúde ocupará o local?
Sim. O prédio da Prefeitura também está passando por reformas que devem terminar este mês. Nele ficarão a Secretaria de Saúde, o setor de Cadastro e a Administração Fazendária do Estado.
E a Casa da Cultura?
Tão logo a Secretaria de Saúde desocupe o prédio do antigo Clube Bom Despacho, a Prefeitura vai reformar o local para instalar nele a Casa da Cultura. Lá será transformado num espaço de aprendizado e demonstração de todas as formas de arte existentes em nossa cidade.
Em junho a Prefeitura enviou projeto à Câmara propondo abertura de crédito para contratar estudo técnico sobre a viabilidade de montar novos serviços na Santa Casa. O que pretende?
A Santa Casa é o único hospital de Bom Despacho. E nossa gestão foi a que mais repassou recursos financeiros para a Santa Casa. Desde abril, quando assumi a Prefeitura, foram quase 6 milhões repassados à instituição.
Mas acho que isso não basta. Precisamos fazer da Santa Casa uma instituição autofinanciável. De que forma? Criando serviços próprios no hospital, como centro de imagens, hemodinâmica e hemodiálise, entre outros. Esses serviços geram receitas que podem ajudar no custeio do hospital.
A inauguração do CTI e a ampliação do bloco cirúrgico são oportunidades para que a Santa Casa implante esses serviços próprios. Com isso haverá ganhos de duas formas: eles evitarão o deslocamento de pacientes para outros locais e vão gerar mais recursos para o hospital. Melhora a efetividade dos serviços de saúde em Bom Despacho.
Como fica o anel rodoviário, ou Corredor Empresarial, iniciado pelo então prefeito Cabral?
Vamos retomar e concluir o anel rodoviário. É uma via estratégica para desviar o trânsito de carretas de dentro da cidade. Além disso, criará novas áreas de expansão industrial, comercial e urbana em Bom Despacho.
A substituição da iluminação pública por luzes de LED vai continuar?
Sim, claro! Em breve alcançaremos 60% de lâmpadas de LED nas vias públicas. Estamos com um projeto para no próximo ano chegar a 100%. LED ilumina melhor, aumenta a segurança e a qualidade de vida das pessoas.
E a UPA 24h, quando entra em operação?
Espero que até meados de dezembro já esteja funcionando. Estava previsto para outubro, mas houve atrasos na obra por falta de material de construção.
Assim que a UPA estiver funcionando pediremos sua habilitação no Ministério da Saúde. Bom Despacho então receberá mais recursos financeiros do governo federal. Com isso poderemos aumentar as equipes de saúde, o número de plantonistas e ampliar o atendimento de urgência e emergência.
Em redes sociais há reclamações frequentes do atendimento do PA. Sendo médico e prefeito, o que diz a respeito disso?
Atendimento de saúde é uma questão muito complexa. Envolve acolhimento, resolutividade, estrutura física, qualificação profissional, enfim, várias coisas. Começa pelo bom acolhimento na chegada do paciente. O problema existe e precisa ser resolvido.
Não vamos admitir mal atendimento. O cidadão que procura o serviço de saúde tem um problema, uma necessidade, uma angústia. Ele precisa e merece ter atendimento adequado.
A Prefeitura vai fazer monitoramento dos atendimentos no PA e nas unidades de saúde. Queremos apurar as falhas existentes e suas causas. Estamos planejando fazer isso com a participação dos usuários. Na medida em que as pessoas tiverem meios para avaliar o serviço poderemos cobrar das unidades o atendimento adequado.
E isso será feito. Seja através de treinamento, de responsabilização e até substituição de pessoas. Insatisfação salarial ou pessoal não são motivo para impactar a qualidade do atendimento ao público. O cidadão precisa ser respeitado, como também deve respeitar os profissionais que estão fazendo seu trabalho. É uma via de mão dupla.
Você foi o prefeito que contratou a elaboração do plano de cargos e salários do funcionalismo – uma reivindicação antiga da categoria. Em que pé está o trabalho?
A minuta do plano será apresentada em breve ao Executivo e aos servidores. Todos terão oportunidade de opinar, criticar e sugerir. Vamos ouvir e buscar soluções para suas necessidades.
A recomposição salarial e o planejamento das carreiras serão definidos com responsabilidade e nos limites do orçamento. A questão salarial é importante, sem dúvida, mas não é tudo. Antes de mais nada os servidores precisam ser respeitados e valorizados.
Na sua opinião, qual é o maior desafio que o Dr. Bertolino terá pela frente no próximo ano?
Sem dúvida, conciliar nosso plano de desenvolvimento de Bom Despacho com a provável crise financeira que o Brasil enfrentará em 2021. Precisaremos manter austeridade administrativa, controlar os recursos e focar em medidas estratégicas que estimulem geração de empregos, renda e mais receitas para o município.
Projetos de desenvolvimento exigem recursos técnicos, financeiros e estruturais nem sempre existentes nos municípios. Como pretende superar essas limitações?
É fato que nenhum município consegue se desenvolver sem apoio federal e estadual. Por isso vimos estreitando relações com deputados e lideranças nacionais e estaduais. Temos inclusive bom-despachenses em cargos estratégicos nos governos federal e estadual que muito podem fazer por nossa cidade. Estamos atrás de todos esses apoios. Na próxima quarta-feira (2/12) já tenho reuniões agendadas em Brasília. Estamos também agendando um encontro com o governador Zema para pedir apoio aos nossos projetos.
Quais seriam essas lideranças?
Na Assembleia Legislativa, temos parcerias fortes com os deputados Fábio Avelar e Antônio Carlos Arantes. Estou dialogando também com o deputado Wendel Mesquita. Na Câmara dos Deputados, em Brasília, temos portas abertas nos gabinetes dos deputados Luís Tibé, Eduardo Barbosa, Domingos Sávio, Newton Júnior e Greyce Elias. No Senado, contamos com os senadores Rodrigo Pacheco e Antonio Anastasia. No Sebrae, que é um agente de desenvolvimento, temos apoio irrestrito do presidente Carlos Melles. Destaco também o entusiasmo do ex-ministro Alysson Paulineli no projeto de derivação de água do São Francisco para o Rio Picão, que dará condições de multiplicar a produção do agronegócio em Bom Despacho.
Enfim, com o apoio dessas e de outras lideranças, poderemos obter recursos, apoio técnico e estrutural para projetos de desenvolvimento.
O que é exatamente esse projeto de levar água do São Francisco para o Rio Picão?
O projeto prevê a derivação, ou desvio, de 4 metros cúbicos de água por segundo do Rio São Francisco para a nascente do Rio Picão. Esse volume de água, que não afeta o São Francisco, vai aumentar a vazão do Rio Picão. Com mais água será possível expandir a área irrigável no seu entorno e produzir milhares de toneladas a mais de grãos. Trará uma riqueza enorme para o município através do agronegócio, gerando milhares de empregos diretos e indiretos e impulsionando o desenvolvimento de Bom Despacho.
É um grande projeto, que envolve Prefeitura, Sebrae, Sindicato Rural, Cooperbom, Credibom e outras instituições. Pode mudar o futuro do município.
Que ações a Prefeitura pode implementar para estimular o desenvolvimento da cidade?
Quem produz riquezas são as empresas e os empreendedores. Portanto, para estimular o desenvolvimento da cidade é preciso valorizar e apoiar quem já está aqui, bem como atrair novas empresas e empreendedores para a cidade.
Estamos trabalhando num programa com esse foco. Não se trata de dar as coisas, mas de oferecer uma cidade que funcione bem. Facilitar a vida de quem quiser empreender em Bom Despacho.
Dê exemplos, por favor.
A informatização da administração pública, as medidas de desburocratização, criação do licenciamento ambiental no próprio município, que já implantamos. Atualmente estamos aguardando a vistoria do Ministério da Agricultura para começarmos a operar aqui o SISBI (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal). Com isso, as muitas empresas bom-despachenses que produzem alimentos de origem animal serão autorizadas a vender seus produtos em todo o Brasil, o que não podem fazer hoje. Essa liberação permitirá que eles vendam mais, ampliem seus negócios, contratem mais pessoas e gerem mais receitas. Todos saem ganhando.
Numa visão mais ampla, quais vantagens Bom Despacho tem para atrair novos empreendedores?
Empreendedores optam por cidades que tenham localização estratégica e ofereçam boa infraestrutura, logística, segurança, bons serviços de saúde, boas escolas, mão de obra qualificada, bom ambiente de negócios, qualidade de vida e – porque não – um povo bom, hospitaleiro e acolhedor como é a gente de Bom Despacho.
Investir no desenvolvimento não inclui o planejamento urbano?
Sem dúvida! Nosso objetivo é revisar o Plano Diretor, alterando e modernizando o Código de Obras, o Código de Posturas e a Lei de Uso e Ocupação do Solo. Todos são instrumentos essenciais para organizar a urbanização, o crescimento e o funcionamento da cidade. Permitem planejar o desenvolvimento de Bom Despacho a médio e longo prazo, bem como pensar na cidade que queremos para nós, nossos filhos e netos, garantindo qualidade de vida para todos.
O lixão de Bom Despacho não está na contramão desse ideário?
Sim. Precisa de solução urgente. Por isso esta será uma das ações prioritárias a partir de janeiro. Não podemos mais permitir a continuidade do lixão. Ele chegou no limite há muito tempo. Tem que ser desativado.
Quais opções estão sendo avaliadas?
Estamos considerando a chamada carbonificação do lixo. É a queima controlada do lixo num forno a altíssimas temperaturas. Essa técnica, que é nova, queima o lixo e usa o calor gerado no forno para produzir energia elétrica. Já tivemos reunião com a diretoria de uma empresa que manifestou interesse de montar uma usina dessa em Bom Despacho.
Mas isso resolve apenas parte do problema. É fundamental estimular e fortalecer a coleta seletiva que já existe na cidade. A Prefeitura vai investir em ações educativas para que a população entenda e coloque em prática a separação do lixo. No mundo inteiro lixo é dinheiro. Aqui não é diferente.
Além da usina de carbonificação, não está descartada a possibilidade de levar o lixo para um aterro sanitário construído na cidade de Iguatama, a cerca de 100 km de distância daqui. Apesar de gerar custos de transporte e deposição do lixo, pode ser uma solução emergencial. Do jeito que está é que não pode continuar.
O que os bom-despachenses podem esperar do prefeito Bertolino e sua vice?
Um governo austero, progressista e de diálogo. Um prefeito que tomará decisões ouvindo as pessoas. Como médico, cuido de gente há 30 anos. Gosto de conversar, de ouvir as pessoas.
Minha vice, Juliana Jaber – a primeira mulher eleita vice-prefeita de Bom Despacho – também será assim. Ela é acolhedora e sempre lutou pela inclusão. Vai trabalhar muito, inclusive porque tem perfil de vencedora. Terá papel de destaque em todas as ações da Prefeitura que envolvam promoção humana.
Deixar o consultório e encarar o desafio de ser prefeito exige sacrifício pessoal e familiar. Traz embates, dificuldades, desgaste físico e emocional. Vale a pena?
Sim. Vale sim. Tenho um ideal, um compromisso com a minha cidade. Sempre gostei de participar, de dar o melhor de mim por meus ideais, tanto na política quanto na vida profissional.
Acho que devemos deixar um legado para as novas gerações. Quero fazer minha parte para que Bom Despacho seja uma terra de oportunidades.
Hoje tenho a honra e a responsabilidade de estar à frente do município. Vou honrar essa oportunidade e a confiança dos que acreditaram em mim.
A campanha deixou mágoas?
Foi muito desgastante. Em campanha eleitoral, críticas e embates são inevitáveis. Mas algumas pessoas extrapolaram, especialmente nas redes sociais. Lançaram mentiras e calúnias contra mim. Tanto que a Polícia Civil entrou no caso, investigou, descobriu e indiciou criminalmente os responsáveis. Eles agora vão responder na Justiça por seus atos.
Mas a gente supera tudo isso. Os sonhos e ideais são maiores que as decepções. A campanha acabou dia 15. Continuo sendo a mesma pessoa simples de sempre, que gosta de estar com as pessoas e cuidar de gente. Quero viver bem e sempre em paz com minha consciência (Alexandre Borges / Jornal de Negócios).