Flamengo, primos, amigos da AAB e o arroz do Pombinha

 

ITALO COUTINHO – Quando o Celsin me chamou pra ver a final da Libertadores 2025 no sítio dos pais do Chumbinho (Mesquita), a primeira coisa que pensei foi no trabalho de ir até Bom Despacho. Ir e voltar, estrada, horário, aquelas contas de sempre que a gente faz pra ver se compensa. Mas, à medida que ele foi falando da turma que ia, dos amigos da Praça de Esportes, do sítio cheio, fui vendo que não era “só” um jogo. Era daquelas chances de juntar gente boa que o tempo espalhou. Aí respondi o que precisava ser dito: vou.

Logo nasceu o grupo de WhatsApp. Um puxando o outro, apelido antigo aparecendo na tela, histórias da adolescência voltando só de ler o nome. Tudo bem que o Geraldão pulou fora na última hora (rsrs). Boa parte da turma era da velha guarda da Praça de Esportes de Bom Despacho. No meio do caminho ainda entrou gente nova, movida pela camisa do Flamengo e pela vontade de ver a final em bando. É assim que funciona: você acha que está indo ver futebol e, quando percebe, está montando um time de amigos novos e antigos na mesma conversa.

Resolvi não chegar de mãos abanando. Combinei com a minha sogra de fazer um tropeiro e uma vinagrete caprichados. Ela topou na hora, como sempre. Enquanto isso, eu e o Felipe separamos nossas camisas da Flalphaville, a embaixada do Flamengo lá do bairro onde moramos em Nova Lima. Antes de pegar a estrada, parada obrigatória no Disk Bebida do bairro São José: refrigerante pra turma e cerveja zero pra garantir que o dia seguinte tivesse cabeça boa, não ressaca. Siga @jornaldenegocios no Instagram e veja sempre mais.

A viagem até Bom Despacho, que em dia comum pesa, dessa vez passou leve. Cada quilômetro parecia encurtar a distância entre o pai de hoje e o moleque que passava horas na Praça de Esportes, sem olhar pro relógio. Chegando no sítio dos pais do Chumbinho, o cenário estava pronto: campo ao fundo, varanda arrumada, televisão já ligada no pré-jogo (ok! a Internet deixou a gente com o coração na mão), mesa esperando os petiscos e churrasco que iam chegando.

Quando a bola rolou, na verdade já tinha muita coisa acontecendo fora do campo. Felipe, Ahmed Metal Hamdan e Mario Hamdan estavam ali, dividindo sofá, análises futebolítiscas surreais e ansiedade. Em volta, os amigos da adolescência, agora com histórias de trabalho, filhos, contas a pagar, mas o mesmo brilho no olho na hora de falar de Flamengo. Entre um ataque e outro, surgiam lembranças da Praça de Esportes, da Avenida Primeiro de Junho, das resenhas na portaria, dos jogos que ninguém lembra mais do placar, mas lembra quem estava lá.

E, no fogão, o arroz cuiabano do Pombinha, amigo do meu pai, tomando conta do cheiro da casa. Só o arroz dele já valia o deslocamento. Segundo ele uma receita aprendida há bons anos atrás. Era um iguaria de macarrão, carne cozida e arroz, só quem comeu sabe o quanto ficou delicioso.

Flamengo campeão da Libertadores 2025! A FLA BD fez história.

Na hora de guardar as camisas da Flalphaville e pegar de volta a estrada, deu pra fechar a conta do dia. Não em gols, nem em estatística de posse de bola, mas naquilo que costuma passar batido nos relatórios: valeu o esforço. Em tempos de agenda apertada e muita conversa vazia em rede social, sair de casa pra encontrar gente de verdade, em mesa simples, com comida bem feita e futebol na TV, é investimento de alta rentabilidade. O título que ficou não foi o da Libertadores. Foi o de mais um capítulo bem vivido com amigos, família e um bom arroz cuiabano no centro da mesa.

Pense nisso e bons projetos!

Nota: produzido com auxílio da IA Perplexity Comet, mas com tempero bom-despachense. (iBOM / Ítalo Coutinho é engenheiro e escritor).

 

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