Histórias dos Natais passados: sorteio da bicicleta no 7° BPM
ÍTALO COUTINHO – Se tem uma coisa que tive quando criança foram Natais memoráveis (em dois deles perdi minhas avós – a vovó Arminda, nascida em Saletto no ano de 1907 e falecida no Natal de 1986, e a vovó Lizeta, nascida no Falcão em 1912 e falecida no Natal de 1998. Mas vamos começar por uma história cômica (e desastrosa):
Todo final do ano o 7° Batalhão promovia um sorteio de brinquedos maravilhosos. Reunia a meninada dos PM’s que ficavam ouriçados. Entre os presentes a sortear estava a estrela do ano das bikes, a desejada Monark BMX. Estava eu lá na Vila Militar, com 14 anos, cabelo estilo Chitãozinho & Xororó e a característica boquinha de calango, esperando o sorteio.
Pois bem, meu irmão Luís Gustavo foi sorteado naquele Natal de 1990. O sonho de meninos e meninas bom-despachenses, tão esperado, saiu para nossa casa. Presente mais que merecido para meu brother, porém não era bem o que ele queria.
O Luis sempre teve o DNA de comerciante do meu avô José Bento e da minha mãe Ana Maria Araújo. Mas ele foi demais: não contente com o presente, fez uso do seu networking e trocou a bike. Por meio da rede molecada de rua, foi até a Rua da Pedreira, no final da Avenida 1° de Junho, e lá “catirou” a super bicicleta numa potrinha da raça Manca Larga, família dos Pangarés. A foto não mente.
Aprendizado: o Natal é para realizar sonhos. Ou pesadelos, no caso dos meus pais. (Ítalo Coutinho é engenheiro e especialista em gestão de projetos / Texto editado pelo JN / Foto: arquivo da família).