A magia da Engenharte: o sonho foi plantado

 

Hoje gostaria de falar sobre a Engenharte, uma associação recém-saída do forno, que fica no Engenho do Ribeiro e que fui visitar, logo no dia seguinte após chegar de São Paulo.

Adoro essas diferenças. Sair de São Paulo e me dirigir ao Engenho do Ribeiro. São prazeres completamente diferentes e complementares.
Foi emocionante presenciar a inauguração da Associação de Artesãos e Ceramistas do Engenho do Ribeiro – Engenharte.

A ideia foi gestada pela Prefeitura e “comprada” pela Credibom. As associadas e fundadoras – Raquel Maria Lima Couto, Magda Lúcia Pereira Melo, Maria das Graças Oliveira, Maria Perpétua da Silva, Carmem Maria Cézar, Cecília Raquel Soares Couto e Dulce Helena Couto Alves, com a ajuda da Neide -, deram vida ao projeto.

Criada a Associação vem a nova etapa: a batalha por patrocínios, divulgações, possibilidade de ampliação do ateliê, aumento do número de associados, espaço para a venda da produção.

O desejo é criar uma página na internet, no Instagram, expandir, ganhar a cidade, o estado, o mundo.
O sonho é poder continuar usando o espaço não apenas para produção de peças, mas como um local de convivência social, arte, trocas, aprendizados e, por que não, terapia. A arte e as relações humanas curam doenças, ensinam coisas e nos permitem acelerar nosso processo de evolução, além de aliviar dores da alma e até do corpo.

Nossas “Engenhartes” já produziram diversas peças de argila, já fizeram inúmeros cursos, uns gratuitos, outros patrocinados e ministrados por profissionais remunerados.

A ideia partiu da administração municipal e foi desenvolvida através do olhar atencioso e com a ajuda da Neide Aparecida Braga Lopes, servidora da Prefeitura. É uma iniciativa que visa, inclusive, reduzir a evasão no Engenho do Ribeiro, que é crescente.

O sonho foi plantado. O pequeno forno de barro, no fundo do ateliê, aquece o trabalho torneado na argila e ajuda a moldar o resultado final que vai muito além de uma linda peça de arte. Alcança a expectativa de uma sociedade carente de contato, convivência e espaço de expressão. Porque não sonhar com um desenvolvimento econômico que venha da arte?

Vamos todos até o Engenho do Ribeiro prestigiar o trabalho das nossas artistas e, quiçá, contribuir de alguma forma com o projeto, seja com ideias, investimento ou mesmo com uma simples presença.

Vida longa à Engenharte! Parabéns e obrigada aos envolvidos!

Queria também aproveitar essa edição impressa e contar de um outro trabalho realizado – a produção de polvilho do Povoado do Mato Seco, que quero conhecer mais a fundo. Para coroar a ideia que vem ganhando espaço, no dia 26 de junho, dia de São Pedro, acontece a Festa do Polvilho na comunidade do Mato Seco. O evento terá muitos festejos, práticas esportivas, campeonatos, oficinas, brincadeiras antigas como a corrida do saco, o ovo na colher, dentre outras. A festança, que se dará na Praça do Mato Seco, terá ainda o concurso do melhor Pão de Queijo e de um prato livre que leve mandioca na sua formulação, feira com 25 barraquinhas, comidas típicas e, claro, muita alegria e possibilidade de convivência.

Salve o Mato Seco, São Pedro e sucesso ao projeto do polvilho que certamente contarei a quantas anda numa próxima edição do Jornal. (Portal iBOM / Roberta Gontijo Teixeira é bacharel em Direito, ambientalista e servidora pública federal / Fotos da autora).

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *