Câmeras identificam rostos e placas de veículos à distância
O portal iBOM entrevistou o executivo Erick Barros, vice-presidente da Tecno It, empresa responsável pela implantação do videomonitoramento em Bom Despacho, para saber como funciona o sistema. Veja, através de 12 perguntas feitas pelo site, como opera o videomonitoramento, do que ele é capaz e como atua na segurança pública.
iBOM – Todos os veículos que entram e saem de Bom Despacho têm sua placa checada automaticamente pelo sistema? Através da placa, quais alertas o sistema pode emitir?
Erick – Sim, serão monitorados todos os veículos que passarem pelas entradas ou saídas da cidade em que as câmeras de leitura de placas estão instaladas. O sistema de videomonitoramento registra a placa e outros dados como tipo do veículo, cor e horário em que passou. Ele funciona integrado com o sistema Helios da Polícia Militar de Minas Gerais. Então, se houver algum registro de crime ou clonagem naquela placa o sistema emite um alerta em tempo real na sala de operações.
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iBOM – Até que distância o sistema consegue fazer a leitura de placas?
Erick – A distância varia dependendo de vários fatores, como ambiente de instalação, cena, altura da câmera e outros. São muitas câmeras em diferentes pontos. Portanto, em algum momento em que o veículo passar pela área de captura de imagem de uma câmera sua placa será registrada.
iBOM – E a identificação facial? Até que distância pode ser feita no caso de um crime, por exemplo?
Erick – A identificação facial também irá variar de acordo com o tipo de câmera instalada, lembrando que o projeto implantado em Bom Despacho contempla três modelos. No modelo em que a lente possui maior zoom este poderá ser identificado até a quilômetros de distância.
iBOM – Além de emitir alerta para placas de veículos com registro de crime, o sistema pode tocar o alarme também para outras irregularidades captadas pelas câmeras. Dê exemplos de situações que vão acionar o sinal de alerta.
Erick – São muitas situações: cercamento virtual, abandono de objetos em via pública, remoção de objetos, vandalismo, carros na contramão, obstrução de imagem e acesso a áreas não permitidas, entre outras, podem acionar o alerta.
iBOM – Dê exemplos de outras situações que podem ser programadas para emitir alertas.
Erick – O sistema pode, por exemplo, fazer análises por cor de roupa, idade, sexo, tipo de veículos e outros. Os analíticos podem ser cruzados, ou seja, criar correlações entre diferentes análises.
iBOM – As imagens captadas pelo sistema ficam gravadas? Por quanto tempo?
Erick – Sim, por 30 dias. Mas esse prazo pode ser ampliado e as cenas suspeitas podem ser mantidas por períodos maiores dependendo da necessidade.
iBOM – O trabalho na Sala de Operações é acompanhado de perto pela PMMG? Como funciona?
Erick – A Polícia Militar monitora 24 horas por dia. Como foi informado pelo comandante da 7ª Região, civis foram treinados para apoiar nas ações.
iBOM – Como funciona a integração com o sistema Helios da PMMG?
Erick – As placas capturadas pelas câmeras que tenham alguma restrição lançada no sistema da PMMG, em qualquer cidade do estado, vão gerar um alerta em tempo real na central de operações de Bom Despacho.
iBOM – O videomonitoramento é capaz de registrar a velocidade dos veículos nas vias públicas?
Erick – O sistema não possui essa funcionalidade, pois não se trata de um sistema de radares. Ele não será utilizado para essa função.
iBOM – Imagens feitas à noite têm a mesma qualidade?
Erick – Sim. A tecnologia de gravação permite a gravação noturna também em modo colorido. Isso é um grande diferencial.
iBOM – Avanços de sinal, desrespeito a faixas de pedestres e estacionamento em locais proibidos são captados pelas câmeras?
Erick – Sim, poderão ser capturados.
iBOM – E se faltar energia numa parte da cidade, o sistema ainda funciona naquela área? Por quanto tempo?
Erick – Todos os postes onde estão as câmeras possuem nobreak para manter o sistema funcionando mesmo se faltar a energia da Cemig. O data center e a sala de monitoramento possuem grupo gerador que possibilitam energia redundante e permitem manter todo o sistema em operação mesmo se faltar energia da concessionária. (Reportagem, foto e vídeo: iBOM – Foto do alto: Ascom PMBD).
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O Sistema “Olho Vivo”, como ficou popularmente conhecido, é ferramenta complementar que amplia a capacidade de vigilância e proteção, potencializa as respostas qualificadas da polícia aos delitos, ajuda na apuração de fatos e produção de provas, além de contribuir também na segurança e fluidez do tráfego, identificação de demandas para serviços públicos diversos, graças à atuação integrada das atividades se segurança e serviços municipais e estaduais.
Indicado especialmente para as área de maior fluxo de pessoas e veículos, foi implantado inicialmente no Centro Comercial de Belo Horizonte, Barro Preto e Savassi e, aos poucos foi sendo ampliado para os grandes corredores de tráfego e os pontos de maior movimento de pessoas, como Barreiro, Coração Eucarístico, Carlos Prates, Caiçara, Calafate, Lagoinha, Planalto, Venda Nova, com ótimos resultados (diminuição de cerca de 40 a 50% de certas atividades criminosas, em particular crimes contra o patrimônio e os violentos). Hoje está em várias cidades.
As câmeras permitem, pelo sistema de zoom, identificar atividades suspeitas, tráfico de drogas, quadrilhas envolvidas em furtos e roubos, danos e depredações, presença de criminosos suspeitos, com acentuada melhoria na qualidade das informações repassadas para a verificação imediata das guarnições em patruhamento, como placas de veículos, características de pessoas, trajes, aumentando a precisão das respostas.
O desafio é manter o funcionamento dos equipamentos e sua operação continuada ao longo dos anos, em todos os horários, sem perder de vista a prevenção criminal e a segurança dos cidadãos, bem como garantir critérios objetivos para armazenamento, acesso e divulgação de imagens, de modo a evitar desvirtuamento ou uso abusivo do serviço.
As imagens podem ser muito importantes para que os analistas da criminalidade e violência produzam relatórios com propostas mais assertivas de intervenção, com vistas às soluções dos problemas mediante intervenções de responsabilidade policial.
O papel da polícia, conforme os estudiosos, “é reduzir crimes; a criminalidade é um fenômeno social observável, mensurável, compreensível e controlável”. O Projeto Olho Vivo ou de Videomonitoramento é uma das boas atividades que ajudam a produzir resultados práticos na segurança.
O Sistema “Olho Vivo”, como ficou popularmente conhecido, é ferramenta complementar que amplia a capacidade de vigilância e proteção, potencializa as respostas qualificadas da polícia aos delitos, ajuda na apuração de fatos e produção de provas, além de contribuir também na segurança e fluidez do tráfego, identificação de demandas para serviços públicos diversos, graças à atuação integrada das atividades se segurança e serviços municipais e estaduais.
Indicado especialmente para as área de maior fluxo de pessoas e veículos, foi implantado inicialmente no Centro Comercial de Belo Horizonte, Barro Preto e Savassi e, aos poucos foi sendo ampliado para os grandes corredores de tráfego e os pontos de maior movimento de pessoas, como Barreiro, Coração Eucarístico, Carlos Prates, Caiçara, Calafate, Lagoinha, Planalto, Venda Nova, com ótimos resultados (diminuição de cerca de 40 a 50% de certas atividades criminosas, em particular crimes contra o patrimônio e os violentos). Hoje está em várias cidades.
As câmeras permitem, pelo sistema de zoom, identificar atividades suspeitas, tráfico de drogas, quadrilhas envolvidas em furtos e roubos, danos e depredações, presença de criminosos suspeitos, com acentuada melhoria na qualidade das informações repassadas para a verificação imediata das guarnições em patruhamento, como placas de veículos, características de pessoas, trajes, aumentando a precisão das respostas.
O desafio é manter o funcionamento dos equipamentos e sua operação continuada ao longo dos anos, em todos os horários, sem perder de vista a prevenção criminal e a segurança dos cidadãos, bem como garantir critérios objetivos para armazenamento, acesso e divulgação de imagens, de modo a evitar desvirtuamento ou uso abusivo do serviço.
As imagens podem ser muito importantes para que os analistas da criminalidade e violência produzam relatórios com propostas mais assertivas de intervenção, com vistas às soluções dos problemas mediante intervenções de responsabilidade policial.
O papel da polícia, conforme os estudiosos, “é reduzir crimes; a criminalidade é um fenômeno social observável, mensurável, compreensível e controlável”. A gestão por objetivos vai identificar as prioridades e eleger as metodologias de intervenção, sempre considerando o tripé Autor – Vítima – Local, frizando que uma boa análise criminal vai produzir dicas de segurança e prevenção, identificar criminosos contumazes e os respectivos métodos para realização da repressão qualificada, identificar os principais horários e lugares, os tipos de delitos, de modo a realizar a distribuição tática de pessoal e as missões preventivas.
O crime não se espalha homogeneamente por todos os lugares; daí a importância do estudo do fenômeno para prevenir com mais qualidade, reprimir de modo a responsabilizar infratores e aumentar a sensação de segurança.
O Projeto Olho Vivo ou de Videomonitoramento é uma das boas atividades que ajudam a produzir resultados práticos na melhoria da segurança e não deve ser confundido com algo que vai erradicar o crime. Aguardemos os resultados e suas análises em Bom Despacho.