Atleta nascida em BD pede ajuda para representar o Brasil

 

Vitória Ramalho é campeã de natação para surdos e foi convocada para representar o Brasil no Campeonato Sul-Americano de Natação, no Equador, mas não tem recursos para custear a viagem.

A nadadora bom-despachense Vitória de Oliveira Ramalho, 31 anos, que mora em Divinópolis, está buscando ajuda para representar o Brasil no Campeonato Sul-Americano de Natação, que será realizado em Guayaquil, no Equador, de 14 a 17 de dezembro próximo. Vitória, que é surda, foi convocada pela Confederação Brasileira de Desportos dos Surdos (CBDS), mas a entidade não vai arcar com os gastos dos atletas selecionados.

Vitória nasceu surda e começou a nadar desde pequena. Hoje ela é fisioterapeuta, professora de Letras-Libras e servidora da Prefeitura de Divinópolis. À noite treina natação para surdos no Estrela do Oeste. No Sul-Americano do Equador ela pretende disputar as categorias 50m, 100m e 200m de nado peito.

Diferença

Nas competições de natação para surdos, como os atletas não podem ouvir, o sinal de largada é dado através de um equipamento luminoso colocado ao lado dos nadadores.

Vaquinha

Para representar o Brasil no Campeonato Sul-Americano Vitória terá de bancar todos os gastos: inscrição, passagens aéreas, hotel e alimentação. A despesa estimada é de R$ 10 mil, sendo 6 mil de passagens e traslado, 3 mil de hospedagem e 1 mil para alimentação. Mas esses valores podem variar porque hospedagem e alimentação são cotados em dólar.
Vitória está fazendo uma vaquinha on line para conseguir o dinheiro da viagem. As doações podem ser feitas pela Internet CLICANDO AQUI.

Veja a entrevista dada por Vitória Ramalho ao editor Alexandre Borges.

Nada se compara à emoção de representar meu país, diz Vitória

Jornal de Negócios – Quem são seus familiares em Bom Despacho?

Vitória – Sou filha de Afonso de Oliveira Sobrinho e Danielli Ramalho de Araújo Rosas Oliveira. Meus avós paternos são Álvaro Salgado de Oliveira (Álvaro da Colônia) e Vitória Ana de Oliveira, ambos falecidos. Meus avós maternos são Antônio Ramalho Rosas, já falecido, e Kátia Vânia de Araújo Rosas, a Kátia Dentista.

Sua família mudou-se para Divinópolis quando você tinha 1 ano de idade. Por quê?

Vitória – Eu nasci surda e precisava fazer sessões com fonoaudióloga mas, na época, Bom Despacho não tinha esse serviço para oferecer.

Você nada desde pequena. Desde quando participa de competições?

Vitória – Voltei a nadar em 2021 e participo de competições desde então. Sou federada na Federação Aquática Mineira.

Participa de alguma equipe?

Vitória – Sim, faço parte da equipe Master do Estrela do Oeste Clube, de Divinópolis.

Você tem outros títulos na natação? Quais os mais importantes?

Vitória – Tenho várias medalhas de ouro, prata e bonze. Para mim todas são importantes, mas nada se compara à emoção de poder representar meu país e a minha condição de pessoa surda. (Reportagem portal iBOM / Fotos: Arquivo pessoal Vitória Ramalho).

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