Carlos Madeira: vislumbres de cor e forma
LÚCIO EMÍLIO JÚNIOR – João Carlos Madeira é um artista plástico autodidata, atua na área de Artes Plásticas desde os 20 anos. Esse grande artista bom-despachense já realizou trabalhos importantes como o Catálogo Aleijadinho. Carlos participou de exposições nacionais e internacionais em países como França, Alemanha e Finlândia.
As Artes Plásticas, como toda arte, têm papel importante de difundir e representar a cultura de um povo. A maneira de expressar do artista em suas telas é muito peculiar de formas variadas, seja ela no figurativo e no abstrato. Cada um eterniza suas ideias de forma plástica, exemplar, instrutiva, dentre outras manifestações.
Carlos começou a tomar gosto pela arte já na infância. Com uns cinco anos já fazia seus primeiros desenhos. Sem condições de estudar numa escola de Artes, teve de desenvolver sozinho seu método artístico. No início, era apenas desenho e lápis, inspirando-se na figura humana.
Com o passar dos anos, percebeu que poderia ir além do desenho. Passou a pintar OST (óleo sobre tela) e, para desenvolver seu estilo, foram anos de pesquisas e testes. Criou métodos de desenhos, mistura e combinações de cores. Apaixonou-se pelo realismo. Em meio a pinceladas suaves, surgiam os retratos, a maioria para galeria. Teve também o prazer de pintar uma série: homens do campo, seus modos, seus costumes, trabalho e vivência simples que se tornaram imortais em suas telas.
De uns anos para cá, aventurou-se em novas experiências. Foi então que descobriu na acrílica um jeito gostoso de brincar de arte. Sendo assim, com espátulas e cores vibrantes deixou seus fiéis traços se soltarem naturalmente.
E assim, Carlos vai vivendo de arte e pra arte, ensinando e compartilhando todo seu aprendizado e conhecimento com pessoas que se dedicam à arte de pintar. O que Paulo Francis disse sobre Mondrian aplica-se à obra de Carlos Madeira:
“Mondrian quer fechar todos os buracos da percepção visual de maneira frontal e plana, respirando com sua linha e cor. Terminou em cores, soltas no espaço, as barras desaparecem, chegam à quase invisibilidade, você está dentro de um novo universo que ele criou. Algumas pessoas sentem-se instintivamente atraídas por essa reorganização matemática do mundo que depois se liberta de qualquer presilha, como se fosse um só vislumbre de cor e forma que temos de um trem ou carro em alta velocidade, ou numa lente forte, que tudo distorce, encontrando a própria harmonia”. (Portal iBOM / Foto: Arquivo pessoal CM)