Só este ano houve 39 mortes por afogamento em Minas
Os dados são do Corpo de Bombeiros. Com a proximidade do Carnaval, a corporação orienta evitar uso excessivo de álcool, atenção às sinalizações e, em qualquer situação, muito cuidado com as crianças para evitar tragédias como a registrada esta semana em Nova Serrana.
Somente em janeiro deste ano, segundo dados do Corpo de Bombeiros, 35 pessoas morreram afogadas em Minas. Já nos três primeiros dias do mês de fevereiro outras três perderam a vida. Esses números não incluem a morte de uma menininha de 1 ano ocorrida terça-feira (7/2) na piscina de uma chácara em Nova Serrana (VEJA A REPORTAGEM CLICANDO AQUI).
A proximidade do Carnaval, que acontece nos dias 20 e 21/2, e o crescimento do número de casos de afogamentos, deixam os Bombeiros ainda mais em alerta. Durante as comemorações da festa de Momo, antes de se aventurar, ressalta a corporação, é necessário tomar alguns cuidados básicos para garantir diversão tranquila e um retorno para casa com toda segurança nas estradas mineiras.
O tenente Sandro Júnior, do CBMMG, faz algumas recomendações e alerta sobre precauções que devem ser tomadas pelos banhistas. Segundo ele, é necessária atenção à sinalização dessas regiões utilizadas para se refrescar.
“Se aquele local está sinalizado, é porque já foi previamente mapeado pelo Corpo de Bombeiros e pela Defesa Civil, mostrando que há risco associado e que não deve ser utilizado em algumas condições como, por exemplo, no período de chuva e em relação ao número de pessoas que podem usar aquele local”, enfatiza.
Principalmente nas cachoeiras, os banhistas devem tomar todo cuidado em relação às pedras nas imediações, que podem estar soltas, e até com o próprio lodo, que elevam o risco de acidentes.
“Pode até não ocorrer um afogamento, mas pode acontecer um traumatismo cranioencefálico”, explica, acrescentando também que a ingestão indiscriminada de bebidas alcoólicas diminui os reflexos e a capacidade de resistência muscular, deixando as pessoas ainda mais propensas ao afogamento.
Nessa época do ano, com a ocorrência repentinas de chuvas, os banhistas devem estar atentos, ainda, às chamadas cabeças d’água, conhecidas também como trombas d’água.
“Às vezes, as pessoas estão com a água no nível da cintura ou do joelho e acham que não há nenhum risco. Porém, uma chuva forte pode cair na nascente e, em poucos minutos, elevar o nível da água e causar um aumento da correnteza, fazendo com que as pessoas fiquem presas naquele local, sem conseguir acessar um ponto seguro, e sejam até mesmo levadas pelas águas”, enfatiza.
Atenção para as crianças
Onde há criança, as atenções também devem ser redobradas e os pais e familiares devem ficar de olho o tempo todo e não se distrair. “As crianças sempre acabam buscando a água de forma imediata, independente de estar com boia ou não. Por isso, os pais devem sempre estar muito próximos a essas crianças e utilizar todos os equipamentos necessários para que elas possam estar em segurança”, alerta.
Sandro Júnior lembra também que além dos riscos de afogamento com o uso indiscriminado de bebidas alcoólicas, muitas vezes as pessoas ainda acabam tendo que usar os veículos para se deslocarem, colocando em risco não só a vida do motorista e passageiros, mas também de pedestres. “No carnaval, tome todos os cuidados possíveis para que você possa aproveitar a festa, curtir com os amigos, mas com sabedoria, voltando com segurança para sua casa”, aconselha. (Texto Agência Minas, editado pelo Portal iBOM / Foto: Corpo de Bombeiros)