Polícia aperta cerco contra furto de cabos telefônicos

A Polícia Militar apreendeu 69 kg de cabos telefônicos que estavam à venda num ferro-velho em Bom Despacho. A apreensão ocorreu na terça-feira (24/1), após a corporação receber denúncia de que a loja estava revendendo cabos furtados de rede telefônica na região.

Os cabos apreendidos são parte de material furtado de uma linha de extensão da telefônica Oi na BR 262. Os furtos ocorreram em outubro, novembro e dezembro de 2021 e dia 3 de janeiro deste ano, causando grandes prejuízos à concessionária, que precisa refazer as redes e ainda é multada pelas interrupções dos serviços de telefonia e Internet.

O iBOM apurou que, por causa disso, investigadores de Belo Horizonte estão percorrendo lojas de ferro-velho na região. Seu objetivo é conscientizar os proprietários a não comprarem esse tipo de material, sob pena dos responsáveis serem enquadrados por receptação.

Cabos apreendidos pela PM em ferro-velho de BD

Quando chegaram em Bom Despacho na terça-feira (24/1), os investigadores encontraram cabos furtados no primeiro ferro-velho visitado e acionaram a Polícia Militar. No estabelecimento a PM apreendeu cabeamento de cobre e tubos de alumínio usados no revestimento de cabos. Uma mulher de 46 anos que trabalha no ferro-velho foi conduzida à Delegacia de Polícia para prestar esclarecimentos. A Polícia Civil vai apurar a denúncia de receptação.

Crime de receptação
Receptação é crime previsto no artigo 180 do Código Penal, que o define como “adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime”. A pena prevista é reclusão de três a oito anos e multa. No caso do furto de bens de concessionária de serviços públicos, como é o caso da Oi, essa pena pode dobrar.

Usuários prejudicados
O furto de cabos telefônicos causa grandes prejuízos às concessionárias e prejudica especialmente os usuários. Pessoas e empresas ficam sem poder se comunicar, acessar a Internet e trabalhar, assim como ficam impossibilitados de acionar serviços essenciais como Polícia, SAMU e Corpo de Bombeiros em situações de emergência. (iBOM)

Foto ilustrativa e foto da Ascom 7°BPM/PMMG.

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