Viva a vida! Feliz 2022!
“Ó meu amor, não fique triste / Saudade existe pra quem sabe ter / Minha vida cigana me afastou de você / Por algum tempo eu vou ter que viver / Por aí / (Longe de você) / Longe do seu carinho / (E do seu olhar) / Que me acompanha já tem muito tempo / Penso em você a cada momento / Sou água de rio que vai para o mar / Sou nuvem nova quem vem pra molhar / Essa noiva que é você / Pra mim você é linda / Dona do meu coração / Que bate tanto quando te vê / É a verdade que me faz viver / O meu coração bate tanto quando te vê / É a verdade que me faz viver / Ó meu amor, não fique triste / Saudade existe pra quem sabe ter / Minha vida cigana me afastou de você / Por algum tempo eu vou ter que viver / Por aí / Longe de você / Longe do seu carinho / E do seu olhar / Que me acompanha já tem muito tempo / Penso em você a cada momento / Sou água de rio que vai para o mar / Sou nuvem nova quem vem pra molhar / Essa noiva que é você / Pra mim você é linda / A dona do meu coração / Que bate tanto quando te vê / É a verdade que me faz viver / O meu coração bate tanto quando te vê / É a verdade que me faz viver / O meu coração bate tanto quando te vê / É a verdade que me faz viver / O meu coração bate tanto quando te vê / É a verdade que me faz viver / O meu coração bate tanto quando te vê / É a verdade que me faz viver”.
Esta é a letra de “Vida Cigana” do Geraldo Espíndola, irmão da grande Tetê Espíndola. É a música que representa meu momento de vida.
Hoje vou dividir com o raro leitor e a rara leitora uma história triste, mas que promete ser novamente feliz no futuro próximo, ou seja, uma história verdadeira com roteiro para as épocas de festas de fim de ano.
Vou ter de deixar de me referir à Roberta Teixeira como minha namorada bom-despachense. Há uns vinte dias, ela é minha grande amiga bom-despachense. Depois de quatro anos vivendo um amor intenso e lindo, resolvemos nos separar.
O trabalho e, especialmente, a ida de minha filha Isabella para morar nos Estados Unidos, onde está estudando, me forçaram a ficar mais tempo em São Paulo e ir com menos frequência a Bom Despacho. A distância e o ciúme causado pela falta de convívio foram demais para este momento.
Nosso relacionamento era muito baseado no companheirismo, nas caminhadas diárias, nas corridas matinais pelas estradas de chão de Bom Despacho, na admiração que temos pela natureza, no ouvir música juntos enquanto preparávamos o almoço, enquanto tomávamos um bom vinho ou algumas cervejas, no convívio com os amigos, na participação no Circuito dos Rancheiros, nos beijos, abraços e carícias que faziam parte de nosso dia a dia. A pandemia me permitiu trabalhar um ano e meio em Bom Despacho e o amor da minha vida acostumou-se à presença constante. Ao voltar para São Paulo para começar novamente a dar aulas presenciais, somado ao dinheiro mais curto para ir vê-la com frequência, já que a estada de minha filha em outro país está consumindo o pouco de dinheiro que tenho, criaram fantasmas atormentadores.
Apesar de reafirmarmos que “você é o melhor namorado que já tive na vida” ou “nunca tive uma mulher tão carinhosa como você”, a distância e ciúme nos enfraqueceram. É normal, infelizmente!
Resolvemos que, neste momento, a melhor coisa a fazer é vivermos separados. Mas, continuarmos amigos e confidentes, sabendo que a separação é um momento muito difícil e que requer apoio de um para o outro. Vamos superar este momento.
Grande como sempre foi, de coração imenso, minha amiga bom-despachense insistiu para que eu continue frequentando o Circuito dos Rancheiros, para continuar ouvindo a melhor música, na melhor companhia e, claro, para que não perdêssemos o contato e possamos colocar as fofocas em dia.
Mas, raro leitor e rara leitora, o melhor ainda está para ser contado: entendemos que não vivemos tudo que podemos viver juntos. Fizemos planos e juras de amor para nos reencontrarmos no futuro, próximo ou distante, para continuarmos a viver nossa paixão. Queremos continuar esta história tão rica, tão linda, tão cheia de beijos e abraços.
Não colocamos uma data para voltarmos a nos chamar de namorados, apenas sabemos que não colocamos um ponto final em nossa bonita história. Em breve, quem sabe, já que o futuro pertence ao desconhecido, poderei ocupar este espaço para dizer que “minha namorada bom-despachense” fez isso, “minha namorada bom-despachense” fez aquilo.
A importância da Roberta em minha vida é imensa: sem ela, eu jamais teria conhecido Bom Despacho e só a ausência deste fato já teria feito de minha vida um lugar menos feliz e pulsante. Ela me ensinou o que é ser grande como pessoa. Com ela aprendi que o amor, físico ou não, é um momento de troca, de doação de um para o outro, da busca dos detalhes, da valorização do processo e não do fim.
Com ela descobri, ao custo da separação momentânea, que o estar perto é fundamental, pois alimenta a parceria, engrandece o conhecimento que um tem do outro.
Saio deste primeiro capítulo de meu amor por ela, desta primeira parte da relação, triste pela vida separada que levaremos neste momento. Porém, saio esperançoso que nossas promessas mútuas de continuar esta história no futuro próximo serão realizadas. Ainda temos muitos beijos, abraços, confidências e carinhos a trocar.
Sempre te amarei, Roberta, minha amiga bom-despachense.
Para o raro leitor e a rara leitora, tenho péssimas notícias: por causa de meu vínculo ainda existente com o Circuito dos Rancheiros e com a perspectiva de voltar ao relacionamento com minha momentânea amiga bom-despachense, continuarei a escrever neste importante Jornal de Negócios.
Resolvi contar esta história, para dizer que este é um momento de festas e expectativas. Que morre um ano, o de 2021, mas que nasce um novo período, o ano de 2022.
Roberta, não veja a hora de voltar a te chamar de “minha namorada bom-despachense”. Que seja em breve.
A vida vale a pena ser vivida. Viva a vida! Boas festas, amigos bom-despachenses e um excelente 2022!