15 de novembro: chegou o dia do cívico dever de votar

EXCERTOS RETIRADOS DE PUBLICAÇÕES E DE JORNAIS, INCLUSIVE DO JN

Tem Meu Voto – “Tem Meu Voto” é o nome de uma ONG cívica que defende o valor do voto. Ela prega que “dá menos trabalho escolher um candidato do que não escolher. Tudo que você faz é afetado pela política. O preço da luz é afetado pela política, o preço de seu celular, da sua conexão com a internet, da sua roupa, do seu game, da sua comida. O que você come é afetado pela política, onde você mora, o ar que você respira, a educação de seu filho.

A sua liberdade é afetada pela política.

Na democracia, o voto é instrumento de cidadania e mudança. Votar com consciência, assumindo a responsabilidade pela escolha dos representantes, pode mudar a realidade de sua cidade, pode mudar a realidade de sua cidade, pode mudar a sua realidade.”

Órgãos oficiais

A Assembleia Legislativa de Minas e o TRE-MG apregoam que “A Cidade Que Você Quer Começa Com Seu Voto”.

No dia 15, vai estar tudo preparado para você votar com segurança, saúde. e fazer valer a sua voz. Vote!“

“Compareça. Expresse. Escolha
Lidere. Conheça. Opine.
Pense. Participe. Aja. “

Tereza Ferraz

“Afinal quem aqui vive sabe o quanto nossa cidade é hospitaleira. Sabe o quanto nosso povo é acolhedor. Sabe principalmente o quanto de sinceridade há nas intenções de cada um de nós. E pedir voto é um ato sincero de humildade. E quem não é sincero não consegue ser humilde.”

Professor Wendel Mesquita

O bom-despachense, primo do professor e ex-vereador Tchesco, Wendel Mesquita é professor, deputado estadual e candidato a prefeito de Belo Horizonte.

Disse ele: “…vamos falar sobre a importância de defender a bandeira da Educação, que é o pilar de tudo na sociedade.”

Fernando Cabral

Cabral é ex-prefeito de Bom Despacho. Ele afirma que “No Brasil o Poder legislativo tem um gasto desproporcional. É o único poder que não gera um centavo de receita, mas paga os maiores salários, exige o menor tempo de dedicação ao trabalho e oferece os maiores benefícios aos parlamentares e a seus assessores. Esse modelo começa no Senado Federal e na Câmara de Deputados, passa por todas as assembleias legislativas e chega às câmaras municipais.”

Lúcio Emílio do Espírito Santo

Lúcio Emílio é coronel/PM reformado, advogado, escritor, membro da Academia Bom Despachense de Letras. É o mais novo colunista do JN.

“Bom Despacho se prepara para ir às urnas no próximo dia 15 de novembro. Concorrer a um cargo público é um gesto de grandeza. Admiro aqueles que se lançam à luta política, porque no fundo estão imbuídos do desejo de realizarem algo pela comunidade. É preciso ter muita coragem para incluir o próprio nome numa lista que será submetida à apreciação do eleitor. E dividirá opinião”.

 

BOM DESPACHO DE ONTEM

O humor em antigas eleições

Um voto por um par de botinas

Antigamente era comum o pretendente a prefeito ou a vereador oferecer prendas e presentes para o eleitor que se comprometesse a votar neles. Nas roças usava-se pedirem um par de botina, um luxo para os camponeses que andavam descalços, porque não tinham dinheiro para comprarem um calçado. Só que era assim: o político entregava ao eleitor só um pé do par das botinas antes da votação. O outro pé vinha depois, se ele fosse eleito. Deste modo se garantia a fidelidade dos dois.

Nos inícios dos anos 60, Inácio Antônio, um postulante à Câmara Municipal, quase analfabeto, inovou na comunicação. Instalou, numa sala do Bar Cruzeiro acima do Fórum, um alto falante. Com sua voz possante e seu vocabulário próprio e pobre, ele anunciava sua “prataforma” de ação, caso “elegido” fosse. Anunciava água limpa e “portável” para toda a população. “Inducação” para todos os “minino” e “adolescente“. “Nós vai fazer Bom Despacho sê um lugar mais ‘pogressita’ e mió pra pessoa vivê.”

Fazida ou feita e dizida

Essa é de uma crônica de Davi Andrade: “Em nossa Câmara Municipal, um vereador considerou inócuo um projeto de seu nobre colega. Outro declarou que seria urgente o abate dos bovinos e porquinos no matadouro municipal. Outro edil afirmou em entusiasmado discurso na inauguração de uma ponte na zona rural local: “É com muito orgulho que hoje estamos inaugurando essa obra que foi fazida com a ajuda do povo”.

Certo cidadão, presente, logo o corrigiu: “Meu caro amigo, não se diz fazida e sim feita.”

Mas o orador não se fez de rogado e arrematou: “Fazida ou feita, já não tem mais jeito, porque a palavra já está dizida.”

Domicílio eleitoral

Sô Carlos Quirino foi uma figura fantástica e única neste Oeste das Minas Gerais. Era irmão do Mário e Leão Quirino. Vindo de Ibitira para se hospedar na fazenda do Sô Alfredo do Raposo, passou pelo Vilaça e parou, montado em seu cavalo, na porta da venda do Marcinho, pai do Homero Couto. Um dos cômodos da venda fora transformado em seção eleitoral. Ali muita gente esperava a hora de votar. Sô Carro chegou e disse alto e bom som:

– Eu vim aqui votar no Sô Pedro Perneira do Alfredo do Raposo, pra vereador.
– Sô Carro, o senhor não pode votar aqui não, porque não tem domicílio eleitoral no Vilaça. Onde é o seu domicílio?
Ele tirou o chapéu, mostrando a cabeça suada e respondeu sem cerimônia:
– Meu domicílio é em cima de meu cavalo e debaixo de meu chapéu.
Verdade maior não poderia existir.

Tadeu Araújo

Tadeu Araújo Teixeira é professor, escritor, colunista e membro da ABDL

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *